PUBLICADO EM 21 de mar de 2024
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Taxa Selic: Setor Produtivo e Centrais Sindicais Exigem Mais Corte

Taxa selic está muito alta: reclamam trabalhadores e empresários/Foto: Jaélcio Santana

Taxa selic está muito alta: reclamam trabalhadores e empresários/Foto: Jaélcio Santana

O recente corte de 0,5 ponto percentual na Taxa Selic, os juros básicos da economia, não foi bem recebido pelo setor produtivo brasileiro. Entidades da indústria e centrais sindicais expressaram insatisfação, pedindo por medidas mais ousadas do Banco Central (BC) para impulsionar a economia.

Indústria Clama por Reduções Mais Expressivas

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou o corte de 0,5 ponto na Taxa Selic, argumentando que é insuficiente diante do cenário de inflação controlada. A CNI destacou que reduções maiores seriam necessárias para tornar o crédito mais acessível aos investimentos, fomentando a reindustrialização do país.

Ricardo Alban, presidente da CNI, ressaltou a urgência de uma mudança na postura do Banco Central para reduzir o custo financeiro enfrentado pelas empresas e pelos consumidores, o que, segundo ele, é fundamental para avançar na agenda de neoindustrialização e promover a prosperidade econômica.

Firjan Apoia a Continuidade dos Cortes na Taxa Selic

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) instou o Banco Central a manter o ritmo dos cortes, mantendo a redução de 0,5 ponto nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária. Contudo, o comunicado do Copom indica que apenas um corte adicional de 0,5 ponto está planejado para maio, sugerindo uma possível interrupção do ciclo de reduções dos juros em junho.

Centrais Sindicais Também Manifestam Descontentamento

As centrais sindicais, embora reconheçam a direção dos cortes, criticaram a decisão do Banco Central, argumentando que o nível ainda elevado da taxa de juros prejudica a recuperação econômica.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, criticou a falta de ousadia do Banco Central, afirmando que medidas mais corajosas trariam enormes benefícios para o setor produtivo e a economia como um todo.

Juvandia Moreira, da Contraf-CUT e CUT, destacou que, mesmo com o menor nível em dois anos, a taxa continua alta e trava a economia brasileira. Para a Força Sindical, a redução de 0,5 ponto na Selic é tímida e insuficiente para impulsionar a economia, gerar empregos e distribuir renda.

Com: Agência Brasil

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