PUBLICADO EM 07 de mar de 2025

SINTETEL se reúne com Icomon e apresenta reivindicações dos trabalhadores

SINTETEL se reúne com a Icomon para discutir as reivindicações dos trabalhadores e melhorias no convênio médico

SINTETEL se reúne com Icomon e apresenta reivindicações dos trabalhadoresO SINTETEL se reuniu, na última quinta-feira (27/02), com a direção da Icomon para apresentar as reivindicações dos trabalhadores.

O encontro faz parte da relação que o Sindicato construiu com a empresa, ao longo dos anos, para levar as demandas do dia a dia da categoria.

Além de representantes sindicais que trabalham na Icomon e os representantes da empresa, participaram do encontro o coordenador das negociações do SINTETEL, Mauro Cava de Britto; os dirigentes sindicais, Paulo Xavier e Gilson Carvalho Silva; e o diretor Regional do ABCDM e Alto Tietê, Alexandre Rocha.

Confira as demandas dos trabalhadores apresentadas à Icomon:

  • Plano de Saúde – Os trabalhadores questionam a abertura de janelas do convênio médico para incluir seus dependentes, realizar downgrade, altos valores de coparticipação e na parcela dos dependentes. Pontuam que há trabalhadores exercendo a mesma função, porém com planos de saúde diferentes.
    A Icomon reafirma que não abrirá janela para a inclusão, devido uma questão contratual. Se compromete em reaver a possibilidade de downgrades com a operadora de saúde. Quanto a alta nos valores, a empresa justifica que o convênio médico é um item que onera a receita e o grande causador é a sinistralidade, devido a utilização frequente, em maioria das vezes por dependentes, dos serviços como pronto socorro.
  • KIT Verão (bermuda, mangote para braços, boné camiseta com tecido leve para dias de intenso calor).
    A empresa se comprometeu a avaliar o pleito dos trabalhadores. Garante que já fornece itens, como protetor solar fator 60 para os trabalhadores de campo, que estão expostos às altas temperaturas.
  • Transparência no IGP – O trabalhador não sabe a nota atual, porcentagem ou onde estão. Sugerem que o indicador deve ser informado semanalmente.
    A Icomon se comprometeu tratar o assunto com as lideranças e solicitará que os mesmos devam agir com mais transparência com a equipe.
  • O FU/FTTX que efetuar o serviço de Técnicos Fibra terão incentivo ou comissão pelo trabalho efetuado? Remuneração variável ou fixa?
    A Icomon afirma que a remuneração permanecerá como é hoje.
  • Trabalhadores encontram dificuldades para migrar para Fibra. Lideranças não estão liberando para não ter desfalque no setor atual.
    A Icomon afirma que averiguará a questão. Na ocasião, o representante patronal pontuou que também há uma resistência por parte de alguns trabalhadores em aderir às mudanças. Ele explica se na ocasião que o empregado é consultado e não aceita a mudança, a empresa vai buscar outros profissionais no mercado. Reforça que quando o atual trabalhador da Icomon, achar oportuno optar pela mudança, muitas das vezes não haverá vagas disponíveis. Quanto ao treinamento, a empresa relata que houve um ajuste no cronograma do curso e que os dias foram reduzidos, mas que irá reavaliar.
  • Inclusão do trabalhador ICOMON no PPP de 13 mil volts – Para critério de Aposentadoria em atividade especial devido a exposição a eletricidade.
    Para a Icomon, devido a resolução atual e os critérios da estrutura dos postes de alta, média e baixa tensão, o trabalhador da Icomon não se enquadra, uma vez que esses trabalhadores executam suas atividades em estruturas de média e baixa tensão.
  • Manobra – Trabalhadores não concordam com os horários diferentes dos plantões, pois nãos seguem a jornada de segunda a sexta-feira ( 09h as 18h e das 10h às 19). Afirmam também que o supervisor não segue a escala mensal já planejada. E que na sexta-feira recebem uma escala diferente. Reclamam da existência de vários cargos diferentes neste setor, como analista, atendente e monitor e não há promoções.
    A empresa alega que as mudanças de horários acontecem por conta de escalas de trabalho nos plantões, nas quais os horários são diferentes. Quanto ao supervisor não seguir as escalas programadas, a empresa justifica que há uma grande demanda de chamados devidos as quedas nos serviços, por contas das fortes chuvas, o que faz crescer o acionamento de trabalhadores de última hora.
  • TI – Trabalhadores pedem a troca do sistema operacional, que atualmente é o Linux, para Windows, pois alegam instabilidade e dificuldades para realizar suas atividades cotidianas. Também reclamam que os celulares fornecidos como novo, são usados. E o saldo no valor de troca do aparelho é de R$ 1.810,00.
    A empresa se compromete a investigar o processo de concessão dos aparelhos e afirma que não está de acordo com o valor do saldo, por isso vai investigar. Quanto a troca do sistema operacional para o Windows, a Icomon afirma que não há possibilidade, pois o custo financeiro para a empresa e absurdamente inferior.
  • Campo – Aplicativo checklist não funciona e é descontado 10% todos os meses dos técnicos. Não conseguem fazer o checkilist no App.
    A empresa solicitou que os trabalhadores tirem uma foto da utilização do aplicativo e os encaminhem, para que a Icomon verifique internamente para as devidas tratativa e soluções.
  • PPR – Os trabalhadores questionam que recebem valores diferentes. Por exemplo, o PPR do GEPACI é de R$1.000,00 fixo. Já os monitores, alegam que estão recebendo o valor fixo de R$300 de PPR.
    A empresa diz que é umas das melhores dentro do setor, com relação ao PPR. E que não é o GEPACI e sim todos os trabalhadores do administrativos que recebem diferente com base no IGP, obedecendo os critérios do programa, em um semestre, o valor de R$1000. Ao mesmo tempo pediu aos dirigentes um levantamento de nomes de trabalhadores que estão com pendências com relação ao Programa. Quanto aos demais, irá reavaliar.
  • Frota – Os trabalhadores pedem a revisão das cotas de combustível. Pontuam que vários trabalhadores colocam combustível do bolso. Além disso, o App para aferição é falho e o rastreador perde a comunicação em determinadas áreas. Trabalhadores residem longe da região em que trabalham, com cota diária incompatível. Na ocasião também foi solicitado a diminuição da quilometragem do veículo Mobi, devido ao alto consumo de combustível pelo modelo.
    A empresa garante que está trocando equipamento de rastreador. Que reavaliará as cotas de combustível, porque entende que alguns modelos de carro consumem mais que outros. Irá solicitará adequação de quilometragem dos veículos que consomem mais combustível.
  • Abuso de gestão – Na ocasião, o Sindicato citou o nome de um gerente mencionado pelos trabalhadores, no qual alegam que o citado pratica perseguição e assédio moral. Já foi feita reclamação anterior sobre ele, mas nenhuma providência foi tomada.
    A empresa se prontificou a averiguar a conduta de seus líderes e informará ao Sindicato sobre as medidas tomadas.
  • Compliance – Alegam falta de sigilo no processo. Por exemplo, se algum trabalhador ligar para denunciar um gestor, ele saberá quem fez a denúncia e provavelmente vai punir o denunciante.
    A Icomon garante que o sistema é sigiloso e que a dinâmica para averiguação resgada o sigilo, bem como o trabalhador. É realizado uma averiguação interna, e em seguida as medidas devidas.
  • Recibo de Férias – Alegam ser obrigados a assinar um documento, no qual comprova o recebimento antecipadamente das verbas referente as férias, porém os valores só são creditados no primeiro dia, as vezes até no segundo dia, do gozo de férias.
    A empresa afirma que os recibos ficam disponíveis no sistema e que o trabalhador não é obrigado a assinar antes de receber.
  • Holerite – Valor do adiantamento no dia 20 contém descontos. Não existe essa prática nas outras empresas.
    Para a Icomon, os descontos acontecem duas vezes, da seguinte forma: No dia 20 de cada mês, apenas do IR, e no dia 05 do mês seguinte, se refaz o cálculo. A empresa afirma que não tem como realizar o desconto apenas em uma data, devido ao regime de tributação da prestadora que trabalha com o modelo ‘Mês Caixa’.
  • LP Dados – Solicitam revisão da premiação. Conforme os indicadores da operadora está sendo inviável atingir o IQS indicador de qualidade serviço.
    A empresa alega que os valores estão adequados com a função. Mas se a cliente contratante) pagar, a Icomon repassa aos trabalhadores.
  • Trabalhador nível 1, faz serviços do nível 2 – Com o salário mais baixo, e seguindo essa mesma linha, funcionário exerce a função do piso maior com salários mais baixos.
    A empresa informa que dentro do setor, existe um sistema de promoção no qual o funcionário é promovido por níveis, mas que muitas vezes o funcionário espera que essa promoção ocorra em um período curto de 3 meses, o que acaba gerando tais desconfortos. Quanto exercer função incompatível com o cargo, a empresa afirma que não aprova tal situação. Vai averiguar.
  • Supervisores – alegam que tem que produzir a mais, fora todas as tarefas que já têm.
    A empresa alega que é uma situação esporádica, e ocorre devido algum desfalque no quadro de funcionários. A empresa busca incentivar os trabalhadores que executam, mesmo esporadicamente, a função.
  • Monitores (PPR) – Alguns monitores têm premiação, outros não tem, por conta de áreas mais especificas. Quanto ao valor, os monitores estão recebendo R$ 300 de PPR e antes era R$ 500 a R$ 550.
    De acordo com a Icomon, apenas alguns monitores têm premiação, outros não, por trabalharem em áreas fixa. Mas, a Icomon se compromete em fazer um levantamento da quantidade de trabalhadores que ganham o prêmio e fará uma reavaliação. Quanto ao prêmio, irá fazer um levantamento.

Trabalhadores, algumas das respostas da Icomon foram conclusivas outras inconclusivas.

O SINTETEL continuará conversando com a empresa sempre com o objetivo de melhorar o clima organizacional para termos um trabalhador satisfeito no exercício de suas atividades.

Ganham os trabalhadores, a empresa e o SINTETEL que organiza a categoria.

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