A Prefeitura de São Paulo divulgou na última quarta-feira (24), a retirada de circulação de cerca de mil ônibus. Diante do anúncio, foi realizada uma reunião de emergência na tarde da quinta-feira (25), com a presença de representantes dos trabalhadores, empresários de ônibus e Poder Público.
Na ocasião, o Sindmotoristas protocolou uma pauta que cobra o retorno de 100% dos ônibus às ruas, a garantia de todos os postos de trabalho, o fornecimento regular de máscaras e álcool em gel e a instalação de proteção em acrílico nos ônibus próximos ao motorista e cobrador.
Ao apresentar o documento, os dirigentes sindicais fizeram duras críticas à decisão da Prefeitura. Para eles, o governo municipal foi insensível e irresponsável, pois a redução da frota deve causar danos sociais irreparáveis com a possível demissão de pelo menos 5 mil trabalhadores.
Outro erro de estratégia no enfrentamento da pandemia do coronavírus apontado pelo sindicato foi o agravamento das lotações nos coletivos.
INTRANSIGENTES
Mesmo com os argumentos apresentados pelo Sindmotoristas, representantes do patronal e da Prefeitura se mostraram intransigentes em manter a redução da frota.
Diante dessa postura, o presidente em exercício da entidade, Valmir Santana da Paz (Sorriso), declarou que os condutores não vão aceitar diminuição da frota de ônibus e muito menos demissão em massa na categoria. “Nós firmamos um acordo recente para que, ainda durante a flexibilização da pandemia, 100% dos ônibus voltassem a circular. Infelizmente, o Poder Público não honrou o compromisso.
Sem avanços, Sorriso encerrou a conversa dizendo que o Sindicato e a categoria vão definir um plano de ação para defender o emprego, os direitos trabalhistas e a vida dos trabalhadores.
UNIDADE NA LUTA
Também participaram da reunião os diretores Francisco Xavier da Silva (Chiquinho); Valdemir dos Santos (Moleque), Narcízio Ozório e Cristiano Porangaba (Crizinho) e também o advogado do sindicato Antônio Amorim.
Fonte: Sindicato dos Motoristas de São Paulo