PUBLICADO EM 24 de jul de 2023

Sindicato do Vestuário de Sorocaba fecha acordo com ampliação de direitos

Sindicato do Vestuário de Sorocaba fecha acordo com ampliação de direitosO Sindicato dos Trabalhadores no Vestuário de Sorocaba e Região, filiado à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Vestuário da CUT (CNTRV), assinou nesta quarta-feira (19) a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que garantiu à categoria, além de reajustes acima da inflação, a inclusão de cláusulas sociais voltadas para os trabalhadores e trabalhadoras LGBTQIAPN+.

Entre as conquistas incluídas na CCT-2023 está a extensão às uniões homoafetivas de todos os direitos relacionados ao cônjuge. De acordo com Paula Proença, presidenta do sindicato, mais que uma conquista, a inclusão representa uma ampliação de direitos no âmbito LGBTQIAPN+ que já haviam sido conquistados em anos anteriores e que também foram renovados integralmente agora.

Dentre os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras LGBTQIA+ que já constavam da CCT do setor de vestuário de Sorocaba e região e foram renovados estavam:

  • garantia do uso do nome social na empresa (em crachás e lista de ramais)
  • uso de banheiros e vestiários de acordo com a identidade de gênero, sem adoção de espaços exclusivos para LGBTQIAPN+
  • criação de medidas para reprimir a prática de violência contra LGBTs

“Muitas das nossas reivindicações buscam melhorar as condições de trabalho e não dependem necessariamente de recursos econômicos, mas sim da boa vontade das empresas. Avançamos em cláusulas sociais e conquistamos uma CCT mais inclusiva”, afirma Paula.

Fruto de projeto sindical

Os avanços nos direitos específicos para trabalhadores e trabalhadores LGBTQIAPN+ para vestuários de Sorocaba e região reafirma o compromisso do Sindicato o projeto “Nós Vestimos Todas as Cores”, desenvolvido pela CNTRV e Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estuddos Socioeconômicos (Dieese), com apoio do Fundo Brasil.

O projeto envolve sindicatos de diversas regiões do país no combate à discriminação e ao preconceito nos locais de trabalho, além de garantir direitos a trabalhadores e trabalhadoras LGBTQIAPN+ nas convenções e acordos coletivos.

Segundo Paula Proença, o projeto despertou nas dirigentes do Sindicato a preocupação em adequar a convenção às realiadades atuais. Por isso, explica a sindicalista, o texto atual da CCT agregou as letras “P” e “N” (Pansexuais e Não-binarie) à sigla que até então era descrita apenas como LGBTQIA+.

“Sempre trabalhamos o conceito de ‘sindicato-cidadão’, porque apesar de sabermos da importância de lutarmos por reajustes e trabalho digno, entendemos que também temos que lutar pela construção de uma sociedade cada vez mais justa, fraterna, solidária e inclusiva”, afirma Paula Proença.

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