PUBLICADO EM 22 de jul de 2020
COMPARTILHAR COM:

“Renault mostra insensibilidade social com demissões em massa”, dizem Centrais sindicais

As centrais sindicais emitiram nota conjunta, nesta quarta-feira (22) repudiando forma intransigente de agir da atual direção da planta da Renault em São José dos Pinhais/PR ao demitir 700 trabalhadores na última terça-feira (21). “Sabemos que a empresa tem recebido incentivos fiscais do governo do Estado do Paraná exatamente para gerar e manter empregos”, dizem as lideranças das centrais sindicais.

Trabalhadores em greve na Renault de São José dos Pinhais-PR/Foto SMC/Divulgação

Os sindicalistas ressaltam no documento que a montadora tomou a decisão antes do prazo de 72h aprovado na sexta-feira, 17, em assembleia da categoria, para que a empresa voltasse a negociar com o  Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba/PR (SMC) alternativas para a manutenção dos empregos.

Leia mais: Renault: metalúrgicos iniciam greve por tempo indeterminado após 700 demissões

E se colocaram a disposição dos trabalhadores metalúrgicos, liderados pelo SMC, para fortalecer a greve, inclusive com manifestações nas lojas revendedoras da Renault de todo o País. “Vamos ajudar a mostrar à sociedade a insensibilidade social da empresa, principalmente neste sério momento de pandemia, em que as perdas de emprego e de renda são ainda muito mais preocupantes e podem levar famílias inteiras a riscos sociais muito graves.”

A nota foi assinada pelos dirigentes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, CSP-Conlutas, Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, CGTB, Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora e PÚBLICA, Central do Servidor

Confira a íntegra da nota

Solidariedade à greve dos metalúrgicos da Renault

As centrais sindicais abaixo assinadas estão solidárias à greve por tempo indeterminado dos trabalhadores da Renault de São José dos Pinhais/PR contra as 700 demissões anunciadas pela montadora na terça, 21 de julho de 2020.

Vale destacar que o anúncio das demissões ocorreu antes do prazo de 72h aprovado na sexta-feira, 17, em assembleia da categoria, para que a empresa voltasse a negociar com o  Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba/PR (SMC) alternativas para a manutenção dos empregos.

Repudiamos esta forma intransigente de agir da atual direção da planta da Renault em São José dos Pinhais/PR, pois sabemos que a empresa tem recebido incentivos fiscais do governo do Estado do Paraná exatamente para gerar e manter empregos.

Colocamo-nos à inteira disposição dos  metalúrgicos, liderados pelo SMC nesta greve, inclusive com manifestações nas lojas revendedoras da Renault de todo o País para mostrar à sociedade a insensibilidade social da empresa, principalmente neste sério momento de pandemia, em que as perdas de emprego e de renda são ainda muito mais preocupantes e podem levar famílias inteiras a riscos sociais muito graves.

São Paulo, 22 de julho de 2020

Sérgio Nobre – Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres – Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah – Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Calixto Ramos –  Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Alvaro Egea – Secretário geral  da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Atnágoras Lopes – Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas

Nilza Pereira de Almeida – Secretária de Finanças da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

Ubiraci Dantas Oliveira – Presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

Emanuel  Melato  – Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora 

José Gozze – Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor

 

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS