O “Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025“, divulgado nesta quarta (8/1) pelo Fórum Econômico Mundial, oferece uma análise abrangente e perspectivas sobre as transformações no mercado de trabalho até 2030.
Baseado em dados de mais de mil empresas de 22 setores e 55 economias, o relatório destaca as oportunidades e os desafios impostos por fatores como avanços tecnológicos, mudanças demográficas e econômicas.
Conheça os principais pontos apresentados
Perspectiva sobre transformações no Mercado de Trabalho até 2030
- Impactos no emprego: Serão criados 170 milhões de novos empregos, mas 92 milhões serão extintos, resultando em um aumento líquido de 78 milhões de empregos.
- Mudanças principais:
- Avanços tecnológicos (IA, Big Data, segurança cibernética).
- Mudanças demográficas (populações em envelhecimento e demandas educacionais).
- Pressões econômicas e transição verde.
Setores e Funções em Crescimento
- Crescimento em:
- Tecnologia (desenvolvedores de software, especialistas em IA).
- Setores essenciais (cuidadores, professores, motoristas de entrega).
- Profissões ligadas a energia renovável e engenharia ambiental.
Empregos em Declínio
- Profissões impactadas pela automação e IA:
- Designers gráficos.
- Assistentes administrativos.
- Caixas e funções de entrada de dados.
Automação
Segundo o relatório, 59% da força de trabalho precisará de requalificação ou aprimoramento de habilidades até 2030 e as habilidades mais solicitadas serão no campo da tecnologia (IA, segurança cibernética) e ciências humanas (com foco no perfil de resiliência, liderança). O documento também prevê que 41% das empresas planejam reduzir sua força de trabalho devido à automação e que apenas metade pretende realocar trabalhadores para outras funções.
Papel dos sindicatos
Os sindicatos tem um papel fundamental na proteção e no apoio aos trabalhadores. Eles podem estabelecer diálogo entre governos, empresas e trabalhadores, apoiando requalificação e o acesso a empregos emergentes ou as transições de carreiras.
Em defesa dos trabalhadores, as entidades também podem:
- Contemplar nas negociações coletivas, acordos que prevejam o realocamento de trabalhadores em funções expostas à automação, minimizando demissões e perdas salariais;
- Estimular a inclusão de cláusulas que financiem treinamentos para adaptação às novas exigências do mercado;
- Lutar por políticas que protejam os trabalhadores mais vulneráveis às mudanças, como aqueles em setores com alto risco de automação;
- Negociar condições que evitem a precarização das relações de trabalho em profissões emergentes, especialmente nos setores tecnológicos e essenciais;
- Promover iniciativas de saúde mental e resiliência para ajudar os trabalhadores a lidar com as pressões da transformação digital e econômica, entre outras medidas de acordo com o setor e a categoria em que atuam.
Leia aqui o Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025.
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