Os servidores municipais de Praia Grande-SP lotados no serviço de atendimento móvel de urgência (Samu) trabalham sem equipamentos de proteção individual (epi) contra o novo coronavírus.
O presidente do sindicato da categoria, ‘Pixoxó’ Adriano Roberto Lopes da Silva, passou esta sexta-feira (24) verificando várias denúncias e constatou a falta principalmente de máscaras.
Na segunda-feira (27), ele apresentará relatório ao conselho municipal de saúde (cms), do qual faz parte, requerendo que encaminhe o problema ao prefeito Alberto Mourão (PSDB).
“A ocorrência do covid-19 nos servidores de saúde do Brasil inteiro é assustadora, com elevado número de óbitos, e o caso por nós constatado exige providências imediatas”, diz o sindicalista.
Pela manhã, Pixoxó esteve no Samu do bairro Boqueirão, onde constatou a inexistência de máscaras ‘n 95’ e apresentou um produto alternativo de maior durabilidade.
A máscara oferecida pelo sindicalista, de material acrílico, pode ser higienizada e utilizada várias vezes, mas foi recusada, no bairro Guilhermina, pela enfermeira Márcia Maria Rocha Coutinho Barreiro.
Segundo o presidente do sindicato, Márcia é chefe do Samu e o recebeu “muito mal”, diante da unidade de saúde, onde recusou a doação de 62 máscaras.
“Ela recebeu a gente do lado de fora e afirmou haver ‘equipamentos de sobra’ no serviço de urgência”, reclama o dirigente. Depois disso, ele recebeu novas denúncias de servidores.
“O conselho municipal de saúde com certeza tomará as medidas cabíveis e o sindicato adotará providências judiciais caso algum trabalhador do serviço seja contaminado”, finaliza Pixoxó.