PUBLICADO EM 19 de jul de 2018
COMPARTILHAR COM:

O clássico bolero revisitado

Os gêneros musicais tradicionais estão de volta pelas mãos e vozes das novas gerações, em movimento saudável de valorização da cultura e da identidade do continente latino. A cuenca chilena, a carranga colombiana, o chamamé e outros ritmos pampeanos ganharam atualizações recentes por artistas como Rulo (Chile), Los Rolling Ruanas (Colômbia) e Yangos (Brasil).

Foto Juan Francisco Sánchez

por Fernando Rosa – Agora, chegou a vez do bolero retornar aos players do público jovem com o duo Poli y Prietto, no belo disco “Boleros y Canciones”, lançado recentemente. O duo é a junção das vozes de Maxi Prietto, de Los Espíritus (um grupo de blues moderno, e também ex-Prietto viaja al Cosmos con Mariano), e Poli, de Sr. Tomate, ambos oriundos da cena independente argentina.

Segundo o portal espanhol Zona de Obras, os dois produzem “un canto al amor y a la amistad, a partir de la reinterpretación de un género universal”. O bolero é um ritmo de origem cubana que mescla raízes espanholas com influências locais de vários países hispano-americanos. Com o passar dos anos, foi apropriado pela maioria dos países latinos, incluindo o Brasil.

“El bolero tiene una historia, las voces en su mayoría son cantantes con oficio, técnica y virtudes de ese tipo. En nuestro caso somos algo raro. Por un lado es una irresponsabilidad cantar clásicos sin estas cualidades (…) aceptamos ese desafío de interpretarlas, tratar de adueñarnos de esas letras y cantarlas como propias. En ese sentido, fue como llevarlas un poco para el barro del rock”, disse Prietto ao diário Contexto.

O disco conta com participações especiais dos argentinos Andrés Calamaro e do produtor Gustavo Santalaolalla (de Bajo Fondo), e tem arranjos de cordas de Charly Pacini, a Orquesta Típica Fernández Fierro.

Fernando Rosa é jornalista, produtor cultural, editor do portal Senhor F e colaborador do site Rádio Peão Brasil.

Ouça aqui Boleros y Canciones 

 

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS