Sérgio Gomes e Ana Dias no alto. Da esquerda para direita: José Ibrahin, João Felício, Oswaldo Barros e Dirceu Travesso (Didi)
Em comemoração ao Dia da Luta Operária de 2023, dia 9 de julho, o movimento sindical homenageará, com o troféu José Martinez o jornalista Sérgio Gomes. Inovador na imprensa sindical, Sérgião, como é conhecido, foi militante do PCB na época da ditadura militar e fundador da Oboré Editorial, grupo que formou diversos jornalistas e cartunistas do movimento. As centrais sindicais prestarão esta homenagem a ele por seus importantes e influentes trabalhos na comunicação e formação de trabalhadores.
Também foi indicada para receber o troféu, a companheira Ana Dias. Ana desempenhou um importante papel fundamental como líder de movimentos de moradores da Zona Sul da cidade de São Paulo e foi figura central nas Comunidades Eclesiais de Base. Seu companheiro, Santo Dias da Silva, foi brutalmente assassinado pela polícia militar em uma greve do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, em frente à fábrica de lâmpadas Sylvania, em Santo Amaro, em 30 de outubro de 1979.
O Dia da Luta Operária fará homenagens póstumas aos companheiros:
José Ibrahin, metalúrgico de Osasco, líder da greve de 1968 iniciada na Cobrasma. Foi fundador da CUT, da Força Sindical, onde foi secretário de relações internacionais e assessor da UGT (União Geral dos Trabalhadores) Ibrahin faleceu há dez anos, em 2 de maio de 2013, aos 67 anos.
João Felício, professor, militante da Apeoesp, foi presidente da CUT e vice presidente da CSI (Confederação Sindical Internacional), falecido em março de 2020.
Oswaldo Augusto de Barros, ex-presidente da Nova Central e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura (CNTEEC), falecido em abril de 2023.
Dirceu Travesso, bancário, ex-líder sindical, fundador do PSTU, ex-dirigente da Conlutas. Dirceu faleceu em setembro de 2014.
Troféu José Martinez
O Dia da Luta Operária é celebrado desde 2017 por lei municipal (nº 16.634/17) de autoria do vereador, hoje deputado estadual em São Paulo, Antônio Donato (PT). A data foi instituída em memória da Greve Geral de 1917. Iniciada na fábrica Cotonifício Crespi, zona leste da capital paulista, a greve contra a carestia, os baixos rendimentos e contra as condições degradantes de trabalho, se expandiu por diversas categorias e chegou a contar com a participação de mais de quarenta mil trabalhadores. Nesta greve foi assassinado o trabalhador José Martinez, que dá nome ao troféu de premiação.
Participam e organizam essa homenagem as seguintes centrais sindicais: CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), CSB (Central de Sindicatos Brasileiros), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores, INTERSINDICAL Central de Trabalhadores e CONLUTAS.
Participam também, a equipe do deputado Donato, o Centro de Memória Sindical, o Instituto Astrojildo Pereira e o IIEP – Intercâmbio Informações Estudos Pesquisas.
