PUBLICADO EM 18 de dez de 2018
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Menos de 2% das universidades do país têm nota máxima em avaliação do Inep

Apenas 34 instituições de ensino superior do país, entre 2.056 analisadas no ano de 2017, obtiveram conceito máximo no IGC (Índice Geral de Cursos), indicador que avalia a qualidade dos estabelecimentos que oferecem cursos de graduação e pós-graduação. A escala vai de 1 a 5. Desse número, 16 são públicas — sendo 14 federais e duas estaduais – e 18 são privadas.

Foto: Reprodução

Elas correspondem a 1,6% do total de instituições avaliadas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), autarquia do MEC (Ministério da Educação), e se concentram nos estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal. O Inep divulgou os dados nesta terça-feira (18).

O número permaneceu praticamente estável em relação ao divulgado no ano passado pelo Inep, quando 31 instituições alcançaram a nota máxima no índice (1,5% do total em 2016). A maioria da instituições teve conceito 3 (66% do total).

O IGC é calculado anualmente e considera: as notas dos cursos de graduação e pós-graduação obtidas de cada instituição nos três últimos anos; as notas dos programas de mestrado e doutorado a partir de dados da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior); e a distribuição dos alunos nos diferentes níveis de ensino – graduação, mestrado ou doutorado.

As notas dos cursos levam em consideração o desempenho no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), mas nem todas as instituições estaduais são obrigadas a se submeter à avaliação. É o caso da USP (Universidade de São Paulo). Por isso, essas universidades não constam no levantamento do Inep.

Veja as melhores instituições públicas (IGC 5)

Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – SP
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – SP
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) – SP
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – SP
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) – SP
Fundação Universidade Federal do ABC (UFABC) – SP
Universidade Federal de Viçosa (UFV) – MG
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – MG
Universidade Federal de Lavras (UFLA) – MG
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – RJ
Instituto Militar de Engenharia (IME) – RJ
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – RS
Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) – RS
Universidade de Brasília (UnB) – DF
Universidade Federal do Paraná (UFPR) – PR
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – SC
Veja as melhores instituições privadas (IGC 5)

Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV-EAESP) – SP
Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) – SP
Faculdade Fia de Administração e Negócios (FFIA) – SP
Escola de Direito de São Paulo (FGV Direito) – SP
Escola de Economia de São Paulo (EESP) – SP
Faculdade São Leopoldo Mandic (SP)
Faculdade Fipecafi – SP
Escola de Enfermagem da Fundação Técnico Educacional Souza Marques (EEFTESM) – RJ
Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape) -RJ
Faculdade Legale (Faleg) – RJ
Escola Brasileira de Economia e Finanças (Ebef) – RJ
Escola de Ciências Sociais – RJ
Escola de Matemática Aplicada (EMAp-FGV) – RJ
Faculdade de Castelo (Multivix Castelo) – ES
Faculdade Fucape – ES
Raculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje) – MG
Faculdades Est – RS
Faculdade de Tecnologia Inspirar – PR

278 instituições têm desempenho insatisfatório
Dez instituições tiveram nota 1, e 268 se encaixaram na faixa 2 do levantamento. Consideradas de desempenho insatisfatório, devem passar a ser acompanhadas mais de perto pelo MEC ou podem perder sua licença.

“Se ele tirar uma nota 1 e 2, passa por todo um processo de supervisão que pode ensejar em redução de vaga, suspensão de processo seletivo e até em um eventual descredenciamento. Isso acende a luz amarela para o MEC, que já fica de olho naquela instituição. Ao mesmo tempo atrapalha a imagem dela porque é feito um ranking com esse indicador”, explicou ao UOL Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo).

Veja as instituições com IGC 1

Faculdades Integradas de Santo André (Fefisa) – SP
Faculdade de Tecnologia (Fatep) – SP
Faculdade de Umuarama – PR
Faculdade de Tecnologia de Cruzeiro do Oeste (Faco) – PR
Faculdades Integradas Silva e Souza (FAU) – RJ
Faculdade Candido Mendes de Vitória (FCMV) – ES
Faculdade de Odontologia de Manaus (FOM) – AM
Faculdade da Amazônia (Fama) – RO
Faculdade de Tecnologia e Ciências da Bahia (Fatec-BA) – BA
Faculdade Integrada de Araguatins (Faiara) – TO
Cresce número de cursos com conceito 5
O Inep ainda avaliou a qualidade de cada curso superior oferecido pelas instituições. É o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que também vai de 1 a 5 e cujo cálculo leva em consideração: o desempenho dos estudantes que prestaram o Enade 2017; o valor agregado pelo processo formativo (diferença entre o desempenho observado e o desempenho esperado); as características do corpo docente: e as condições oferecidas pela instituição para o desenvolvimento do processo formativo.

Dos 10.210 cursos avaliados, só 2,3% obtiveram conceito 5 (231 deles). Quase a metade teve conceito 3 (52%) e 36,3% se encaixam na faixa 4. Apenas 37 (0,4%) receberam conceito 1, e 9,1% (932) tiveram conceito 2. No ano passado, 1,9% dos cursos avaliados conseguiram alcançar a nota máxima.

O Inep varia a área dos cursos avaliados a cada ano. Em 2016, os cursos das áreas de saúde e ciências agrárias passaram pelo escrutínio.

No ano passado foram avaliados cursos de licenciatura e bacharelado em: arquitetura e urbanismo, artes visuais, ciência da computação, ciências biológicas, ciências sociais, educação física, engenharia, engenharia ambiental, engenharia civil, engenharia de alimentos, engenharia da computação, engenharia de controle e automação, engenharia de produção, engenharia elétrica, engenharia florestal, engenharia mecânica, engenharia química, filosofia, física, geografia, história, letras (inglês), letras (português), letras (português e espanhol), letras (português e inglês), matemática, música, pedagogia, química e sistema de informação.

Fonte: Portal UOL

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