PUBLICADO EM 14 de out de 2020
COMPARTILHAR COM:

Mais de 300 mil pessoas buscam emprego em mutirão realizado pela UGT

A Central realiza mutirões de emprego desde 2018 totalizando a oferta de mais de 12 mil oportunidade de trabalho. Em todos os mutirões realizados, o que ficou evidente foi a falta de qualificação profissional dos candidatos, assim como a baixa escolaridade

Em um momento em que o Brasil vive uma crise sanitária, com mais de 150 mil vidas perdidas para a Covid-19; crise política, com a democracia ameaçada; e crise social, com 13,7 milhões de desempregados e 75 milhões de desalentados (dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, de setembro de 2020), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), com apoio dos Sindicatos dos Comerciários de São Paulo, Sintetel (Telecomunicações), Siemaco (Asseio e Conservação) e dos Padeiros (todos filiados à Central), e em parceria com a Secretaria de Emprego do Governo do Estado de São Paulo (Instituto Paula Souza), realiza o quinto Mutirão de Emprego – um oásis no deserto.

Organizado de forma virtual, em razão da pandemia e em sintonia com os adventos da Revolução 4.0, a plataforma digital do mutirão de emprego, que ficou disponível pelo site do Sindicato dos Comerciários de São Paulo (www.comerciarios.org.br), recebeu, em apenas uma semana (entre 28 de setembro e 9 de outubro), 302.075 currículos – sendo 70% destes vindos de mulheres (205.709).

Outros dados que chamam a atenção são os 3.122 currículos enviados por pessoas com deficiência, mais de 100 por imigrantes, 1.032 por homens transgêneros, 770 por mulheres transgêneras, 178 por mulheres transexuais e 155 enviados por homens transexuais.

Em relação à faixa etária, o maior grupo de cadastrados está entre 18 e 19 anos – e tem até o Ensino Médio completo. Mas há candidatos de até 65 anos.

Do outro lado, 182 empresas disponibilizam mais de 12.500 vagas pela plataforma do mutirão, já tendo selecionado, até o momento, 1.240 candidatos.

Entre os empregos ofertados, estão vagas para auxiliar administrativo, recepcionista, balconista, auxiliar de limpeza, vendedor, telemarketing, repositor, operador de caixa, estoquista, ajudante de cozinha, entre muitas outras.

Os trabalhadores cujos currículos foram selecionados estão sendo contatados diretamente pela empresa interessada.

Desde sua fundação, em 2007, a UGT se preocupa com o cidadão em todas as esferas que o envolvem – não apenas no que se refere a direitos e conquistas trabalhistas, mas também na área social, que abrange trabalho decente, meio ambiente, mobilidade, inclusão, justiça, saúde, segurança e bem-estar.

A Central enxerga o emprego, desde que em um trabalho decente, como uma ferramenta que traz dignidade ao ser humano, possibilitando que ele se alimente, tenha momentos de lazer, consuma e faça a economia girar.

Por isso, a Central realiza mutirões de emprego desde 2018. O primeiro disponibilizou 1800 vagas; o segundo, no mesmo ano, contou com 4.900 vagas; o terceiro, em março de 2019, 6 mil vagas; e o quarto mutirão, também em 2019, 6.200 vagas.

Em todos, ficou evidente a falta de qualificação profissional dos candidatos, assim como a baixa escolaridade.

Dessa forma, os mutirões da UGT passaram a oferecer, além das vagas, cursos gratuitos de qualificação. “Assim, todo mundo ganha: a empresa encontra mão de obra qualificada, e o trabalhador tem a oportunidade de se qualificar para cumprir os requisitos das vagas e conseguir um emprego”, explica Ricardo Patah, presidente da UGT e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo.

Neste quinto mutirão, 209.800 pessoas mostraram interesse em realizar esses cursos. As áreas de maior procura foram atendimento, gestão, venda, tecnologia, comunicação, beleza, saúde e bem-estar.

Mas também há qualificação para os setores de turismo, hospitalidade, lazer, gastronomia, indústria, produção cultural, arte, design, mecânica, construção, têxtil, moda, agricultura e cuidado animal.

A iniciativa de realização dos mutirões de emprego da UGT vem do Programa Vaga Social, desenvolvido pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo desde 2014, de forma contínua, como uma ponte entre candidatos a vagas e empresas com cargos disponíveis.

Fonte: UGT

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS