PUBLICADO EM 12 de jan de 2022
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Lula, sindicalistas e o governo espanhol debateram a reforma trabalhista

Foto: Ricardo Stuckert

O encontro que teve a participação do presidente da Força Sindical, Miguel Torres, e outras centrais ocorreu na sede da Fundação Perseu Abramo, em São Paulo. Os espanhóis participaram via internet.
O ex-presidente Lula se reuniu nesta terça-feira, 11, com representantes do governo espanhol e líderes sindicais para discutir a reforma trabalhista que ocorreu no país europeu. O exemplo espanhol pode servir de base para mudanças defendidas pelo PT em eventual plano de governo de Lula e ser um forte componente no debate político neste ano eleitoral.

Líderes sindicais que estiveram no evento disseram ao Estadão que Lula defendeu a retomada do emprego no País e de mudanças que proporcionem esse cenário.
Após deixar o evento, no entanto, o presidente da Força, Miguel Torres, defendeu a revisão da reforma e o diálogo com o empresariado e a sociedade.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Ao jornal Estadão, Miguel Torres afirmou que é “impossível” revogar a reforma de Temer. E minimizou possíveis estremecimentos entre Lula e possíveis aliados mais ao centro. “Todos entendemos que a reforma não gerou empregos prometidos, tirou direitos, estrangulou os sindicatos e só resultou em mais insegurança jurídica”, alertou Miguel Torres.

“Tenho certeza de que os bons brasileiros querem que o País cresça. Não estamos falando da revogação da legislação, é óbvio que queremos isso, mas sabemos que é impossível. Temos de ter deputados da base trabalhadora. Não adianta pensar o que é impossível. O que queremos é diálogo social. Como o que foi feito lá. Vai ter dificuldade, lógico. Mas sabemos que é o caminho”, disse.
Segundo ele, Lula não mostrou ter uma proposta pronta de como fará mudanças na lei trabalhista, caso eleito. “Ele valorizou a negociação. Esse fato de estar conversando com a sociedade é importante. Ele em nenhum momento falou de fazer uma coisa ou outra. Ele disse: é preciso ter diálogo, coisa que não temos hoje”.

Fonte: Estadão – Força Sindical

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