PUBLICADO EM 08 de jan de 2019

Juruna, da Força, defende diálogo sindical com os Três Poderes

As seis principais Centrais Sindicais encaminharam dia 1º de janeiro Carta ao presidente Jair Bolsonaro, cobrando do governo entendimentos com o sindicalismo. No documento, CUT, Força Sindical, CSB, CTB, Nova Central e UGT reafirmam posições, defendem direitos e propõem diálogo. A Carta também menciona Federações e Confederações, reforçando o sistema Confederativo, conforme a Constituição de 1988.

Foto: Jaélcio Santana

A Agência Sindical  entrevistou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna). Ele atuou na produção da Carta e na articulação pelas assinaturas.

Alguns trechos da entrevista:

. Conversar com todos os Poderes
“Assim que forem definidos os presidentes da Câmara e Senado, devemos enviar Carta aos eleitos e buscar audiência. A mesma posição de diálogo vale para o Judiciário. O sindicalismo sempre dialogou com os Três Poderes da República, em torno de questões específicas ou para debater posições unitárias do movimento.”

. Por que buscar o diálogo
“Nossa Carta não discute a legitimidade dos eleitos. Nosso objetivo é mostrar que temos posições que precisam ser debatidas, principalmente as matérias ligadas diretamente aos trabalhadores ou que tenham impacto social. A Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, aprovada pelo conjunto do movimento em junho passado, é um roteiro importante, sem desconsiderar posições específicas de cada Central”.

. Mobilizações devem prosseguir
“A mobilização das bases e de setores sociais progressistas fazem parte da essência do sindicalismo. A negociação, com qualquer dos Poderes, não significa desmobilizar. Ao contrário. O anúncio que o governo tem feito de medidas contrárias aos trabalhadores e às conquistas sociais sinaliza que precisamos fortalecer a ação sindical e a mobilização”.

. Setores democráticos
“Temos também que aprofundar o diálogo com entidades do campo democrático, os partidos, os parlamentares. O governo fala em radicalizar a reforma trabalhista e eu pergunto: o que ficará no lugar, quantos empregos poderão ser gerados, que formas de contratação vão prevalecer, que Previdência restará aos brasileiros”?

CUT – No final de dezembro, Vagner Freitas, presidente da CUT, concedeu entrevista ao site do jornal espanhol “El País”, ao qual anunciou que a maior Central brasileira buscaria diálogo com o governo Bolsonaro. Veja matéria

Carta das centrais sindicais ao presidente Bolsonaro – Clique aqui e leia a íntegra

Fonte: Agência Sindical

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