Miguel Torres, presidente da Força Sindical, que assina o documento avalia que o objetivo é precarizar o emprego e as relações de trabalho e retirar direitos. “Muito embora formada por ilustres juristas, magistrados e pesquisadores, ainda assim, carece da indispensável composição paritária e tripartite, aliás, tal “modus operandi” é indicado pelas boas práticas de participação e diálogo social preconizadas pela OIT.”
O sindicalista finaliza a nota alertando que a supressão dos trabalhadores e suas representações sindicais ou ainda de instituições com estruturas nitidamente democráticas, tais como a OAB, sinalizam para um diálogo e visão unidimensional do problema das relações de trabalho.
Leia a seguir a nota na íntegra:
Portaria do governo visa criar grupo para precarizar os empregos
A Portaria 1001/19 da Secretaria de Trabalho e Previdência Social institui o Grupo de Altos Estudos do Trabalho – GAET é uma medida autoritária do governo federal que despreza a comissão tripartite (Governo, Trabalhadores, Empresários) e o diálogo social.
A referida comissão tem por objetivo avaliar o mercado de trabalho brasileiro sob ótica de precarizar o emprego e as relações de trabalho e retirar direitos.
Ainda, na nominata de membros da comissão, muito embora formada por ilustres juristas, magistrados e pesquisadores, ainda assim, carece da indispensável composição paritária e tripartite, aliás, tal “modus operandi” é indicado pelas boas práticas de participação e diálogo social preconizadas pela OIT.
Por isso, a supressão dos trabalhadores e suas representações sindicais ou ainda de instituições com estruturas nitidamente democráticas, tais como a OAB, sinalizam para um diálogo e visão unidimensional do problema das relações de trabalho.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical