PUBLICADO EM 24 de jan de 2019
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GM fica, mas quer ‘redução drástica de direitos’, diz sindicato

Segundo metalúrgicos, empresa pretende aumentar jornada e liberar terceirização. Conversas continuam hoje. GM também quer eliminar uma antiga cláusula da convenção coletiva, dos anos 80, que prevê estabilidade no emprego para lesionados

Foto: LUCAS LACAZ/SMSJC

Para permanecer e realizar novos investimentos no país, a General Motors quer “flexibilizar” os acordos trabalhistas, afirma o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, no interior paulista, que participou nesta terça-feira (22) de reunião com representantes da montadora. O sindicato de São Caetano do Sul, na região do ABC, também estava presente, além dos prefeitos dos dois municípios. Pela montadora, o presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga.

Na manhã desta quarta-feira (23), o sindicato de São José realizou assembleia na porta da fábrica. “Os trabalhadores ficaram indignados com a proposta da GM”, afirmou o vice-presidente da entidade, Renato Almeida. Segundo ele, a pauta da empresa inclui aumento da jornada, banco de horas, terceirização irrestrita, trabalho intermitente e fim do transporte fretado. Além disso, a GM insiste em eliminar uma antiga cláusula da convenção coletiva, dos anos 1980, que prevê estabilidade no emprego para lesionados.

“O sindicato é contra a retirada de direitos e continuará com o processo de negociação, mas a decisão final caberá aos trabalhadores. Queremos tratar do assunto com total transparência e dando continuidade à luta por empregos e direitos”, diz Almeida. Nova reunião está prevista para esta tarde.

A proposta deverá ser detalhada também para o sindicato de São Caetano, que é filiado à Força Sindical, enquanto o de São José é ligado à CSP-Conlutas. A GM, que não se manifestou, tem fábricas ainda em Gravataí (RS) e Joinville (SC).

Fonte: Rede Brasil Atual

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