PUBLICADO EM 07 de fev de 2022
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GM apadrinha sindicato por empresa no México em prol de arrocho e lucro

Porta-voz da GM em Silao, no México, disse que esse “foi um exercício democrático sem precedentes” – Foto: Reprodução

A General Motors saudou efusivamente a criação de um sindicato “livre” em sua fábrica de 5 mil trabalhadores.

Em declaração oficial, a GM considerou que “foi um exercício democrático sem precedentes”. A iniciativa contou com o apoio do sindicato americano UAW (United Auto Workers), que “parabenizou os trabalhadores da GM de Silao “por formarem um sindicato livre”. No comunicado, elogios ao governo norte-americano e à USTR (United States Trade Representative) por garantirem uma nova era de “sindicatos livres”.

Carlos Capistrán, funcionário e economista do Bank of American Securities, declarou que o que acontece na GM vai determinar a dinâmica do mercado de trabalho no México por muitos anos.

Na linguagem das montadoras norte-americanas no México, que movimentam bilhões de dólares pela proximidade do país com o mercado dos EUA, isso quer dizer mais arrocho nos direitos trabalhistas e nos salários em toda a indústria do país.

João Carlos Juruna, líder metalúrgico e secretário-geral da Força Sindical, considera que “ir ao México e defender organização de sindicato por empresa vai contra nossa experiência de sindicatos por categoria profissional”. Para ele, “ir articulado com o sindicato americano é um contrassenso”.

“É preciso respeitar a autodeterminação dos trabalhadores mexicanos como um todo e não de uma empresa em particular, por maior ou mais poderosa que ela seja. Discordo da intervenção americana, tanto do sindicalismo americano como o acordo entre governos americano e mexicano em construir sindicatos por empresa”, declarou.

Fonte: Hora do Povo

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