A General Motors saudou efusivamente a criação de um sindicato “livre” em sua fábrica de 5 mil trabalhadores.
Em declaração oficial, a GM considerou que “foi um exercício democrático sem precedentes”. A iniciativa contou com o apoio do sindicato americano UAW (United Auto Workers), que “parabenizou os trabalhadores da GM de Silao “por formarem um sindicato livre”. No comunicado, elogios ao governo norte-americano e à USTR (United States Trade Representative) por garantirem uma nova era de “sindicatos livres”.
Carlos Capistrán, funcionário e economista do Bank of American Securities, declarou que o que acontece na GM vai determinar a dinâmica do mercado de trabalho no México por muitos anos.
Na linguagem das montadoras norte-americanas no México, que movimentam bilhões de dólares pela proximidade do país com o mercado dos EUA, isso quer dizer mais arrocho nos direitos trabalhistas e nos salários em toda a indústria do país.
João Carlos Juruna, líder metalúrgico e secretário-geral da Força Sindical, considera que “ir ao México e defender organização de sindicato por empresa vai contra nossa experiência de sindicatos por categoria profissional”. Para ele, “ir articulado com o sindicato americano é um contrassenso”.
“É preciso respeitar a autodeterminação dos trabalhadores mexicanos como um todo e não de uma empresa em particular, por maior ou mais poderosa que ela seja. Discordo da intervenção americana, tanto do sindicalismo americano como o acordo entre governos americano e mexicano em construir sindicatos por empresa”, declarou.
Fonte: Hora do Povo
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