PUBLICADO EM 25 de abr de 2025

FUP cobra segurança após incêndio em plataforma da Petrobrás

FUP cobra segurança após incêndio na plataforma Cherne 1. Conheça as demandas por investimentos em manutenção e infraestrutura

FUP cobra segurança após incêndio em plataforma da Petrobrás

FUP cobra segurança após incêndio em plataforma da Petrobrás

“O que aconteceu em Cherne 1 poderia ter sido evitado. São vidas colocadas em risco por negligência e falta de planejamento. Não podemos permitir que a falta de investimento em manutenção e segurança faça com que as unidades sejam espaços de vulnerabilidade para os trabalhadores.”

A afirmação é de Sérgio Borges, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), em relação ao incêndio — seguido de explosão — que ocorreu na manhã desta segunda-feira (21), na plataforma Cherne 1 (PCH-1), na Bacia de Campos, deixando pelo menos 32 vítimas.

“Foram atendidas 32 pessoas, sendo 14 por queimaduras e os demais por inalação de fumaça. Dez permanecem internadas e uma está em estado grave, com queimaduras severas, segundo informações recebidas pela FUP e Sindipetro-NF”, informa Borges.

O acidente ocorreu em uma unidade que está desde 2020 sem produzir, mas continua recebendo gás de outras plataformas e faz o bombeamento.

Os trabalhadores relataram que o fogo teria começado em uma das áreas abaixo do casario, espaço de convivência da tripulação, e por sorte não havia ninguém no local da explosão. A causa do acidente será apurada.

A FUP alerta para a urgência de uma política que assegure investimentos contínuos em manutenção, segurança e infraestrutura nas plataformas.

Além de reduzir riscos, um programa que assegure a integridade das instalações pode também movimentar a indústria nacional, fortalecendo cadeias produtivas relacionadas à manutenção, segurança industrial e reaproveitamento de materiais, gerando empregos e desenvolvimento sustentável.

A Federação exige da Petrobrás medidas imediatas para garantir a integridade dos trabalhadores, a apuração rigorosa do ocorrido e a implementação urgente de políticas que priorizem a vida, a segurança e a responsabilidade com o patrimônio público e ambiental.

Apesar do posicionamento da FUP contra a privatização, a plataforma em questão foi vendida para a empresa britânica Perenco, operadora do setor de óleo e gás.

A negociação já foi concluída há algum tempo e, atualmente, a Petrobrás está na fase de closing do contrato – etapa final do processo de venda, que envolve a transição formal de serviços e responsabilidades operacionais.

Empregados da Petrobrás e da Perenco estão embarcados conjuntamente na unidade, promovendo a transferência de conhecimento necessária para que a Perenco assuma gradualmente a operação e a manutenção da plataforma.

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