“É absurdo que a patronal trate com tamanho descaso a categoria dos frentistas. Recusamos a proposta e continuaremos mobilizando os trabalhadores para exigir o devido reconhecimento”, diz Luiz Arraes, presidente do Sinpospetro de Osasco (SP) e da Fepospetro, entidade que congrega dezessete sindicatos no estado de SP e cem mil trabalhadores. A data-base é 1° de março.
Frentistas de SP rejeitam proposta patronal de reajuste zero
Sindicalistas esperam que na reunião do próximo dia 4 seja diferente
por Leila de Oliveira – A Federação dos Frentistas de São Paulo – Fepospetro -, que representa a categoria na Campanha Salarial, rejeitou a proposta de reajuste zero feita pelos patrões durante a abertura das rodadas de negociação, realizada virtualmente na manhã do último dia 22.
O dirigente sindical, num vídeo gravado para as redes sociais da entidade, explicou que os patrões não têm justificativa para adotar essa postura. Ele também criticou o setor patronal por não dar respostas a outras reivindicações como o vale-refeição e as condições sanitárias, de saúde e segurança dos trabalhadores. No vídeo, Arraes classifica a situação colocada pelo patrões como “inaceitável” e contrária ao histórico de atuação da Fepospetro, que jamais permitiu que uma negociação salarial fosse encerrada sem o devido registro de avanços de direitos e com reposição salarial acima ou em linha com as perdas decorrentes da inflação do período.
Sobre a próxima rodada de negociação, agendada para o dia 4 de maio, Arraes informou que avalia transmitir a reunião ao vivo, nos canais da Fepospetro e dos 17 sindicatos, como forma de incentivar a mobilização dos trabalhadores nas redes sociais e também para expor as dificuldades enfrentadas pelos sindicatos na campanha salarial. Ele diz esperar que, na ocasião, o Sincopetro e as demais entidades patronais apresentem proposta condizente com o esforço dos frentistas, os quais, além das dificuldades econômicas que enfrentam, são também açoitados pela possibilidade de ficarem doentes e até de perderem a vida pela Covid- 19, no dia a dia de trabalho.
De fato, frentistas de postos de combustíveis estão entre aqueles trabalhadores cujas mortes tiveram um salto de 68% na comparação das mortes entre janeiro e fevereiro de 2020, de acordo com uma pesquisa da Lagom Data para o jornal El País.
Fonte: FEPOSPETRO