PUBLICADO EM 14 de jul de 2020

Fórum tripartite será criado pra debater segurança nos frigoríficos, diz CNTA

Dirigentes das Confederações que representam mais de 1,6 milhão de trabalhadores nas indústrias de alimentação, a Contac-CUT e a CNTA Afins, se reuniram quarta (8) com representantes da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Também participaram membros da CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente), técnicos da saúde e auditores fiscais.

Aferição obrigatória da temperatura é uma das medidas defendidas

O objetivo foi debater e apresentar deficiências da Portaria 19/2020, publicada em conjunto pelos ministérios da Economia, Saúde e Agricultura. A iniciativa estabelece medidas de segurança para o controle da Covid-19 nos setores de frigoríficos e laticínios.

Sindicalistas afirmam que o documento coloca a vida dos trabalhadores em risco ao dar carta branca para as empresas. Clique aqui e confira.

Sobre o encontro, Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA, faz uma boa avaliação. “Apresentamos nossas preocupações, principalmente com a questão do distanciamento e da quantidade de trabalhadores dentro dos setores. Se a quantidade for mantida, não há como evitar esbarrões”.

Comissão – Artur revela que, diante das preocupações, ficou estabelecida a criação de um Fórum ou Comitê Tripartite, composto por representantes dos trabalhadores, setor patronal e governo. “Temos pressa e os fiscais do trabalho também demonstraram essa preocupação. Mas sabemos que o patronal não têm a mesma disposição”, ele comenta.

Paralelamente à criação da Fórum Tripartite, entidades também farão um trabalho de mobilização a partir dos Estados. A orientação é do procurador do Trabalho de Santa Catarina, Sandro Sardá. Artur revela: “Os Estados têm poder de estabelecer portarias locais”.

Embargo – A proliferação da Covid-19 nos frigoríficos brasileiros agora abala o mercado internacional. Seis plantas de cinco empresas brasileiras tiveram exportações suspensas para a China.

O gigante asiático é um dos principais destinos das vendas externas da proteína animal produzida no Brasil – de janeiro a junho, foram exportadas 365 mil toneladas de carne bovina para a China, movimentação 148% maior do que em 2019. “Esse é o resultado de uma falta de política brasileira. Se não tomarmos as providências necessárias, outro país fazer isso”, argumenta Artur.

Mais – Acesse o site da CNTA Afins

Fonte:  Agência Sindical

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