PUBLICADO EM 11 de mar de 2025

FITIASP participa de ato em solidariedade ao povo saaraui

Ato em solidariedade ao povo saaraui destaca 49 anos de resistência e luta pela República Árabe Saaraui Democrática.

Ato em solidariedade ao povo saaraui

Ato em solidariedade ao povo saaraui

No dia 27 de fevereiro, o dirigente da FITIASP, José Ferreira, representou a Federação em um ato político realizado em Brasília/DF, em homenagem aos 49 anos de luta, resistência e construção da República Árabe Saaraui Democrática (RASD). O evento ocorreu no auditório da CUT-DF e reuniu diversas lideranças políticas, sindicais e sociais em solidariedade ao povo saaraui.

Entre os presentes estavam o embaixador da Argélia no Brasil, o embaixador da República Saaraui, o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), representantes do VAT, além de diversos ativistas e apoiadores da causa saaraui.

Luta do povo saaraui

Durante o ato, o representante da Frente POLISARIO no Brasil, embaixador Ahamed Mulay Ali Hamadi, fez um discurso sobre a luta histórica do povo saaraui contra a ocupação de Marrocos. Ele lembrou que a República Saaraui foi proclamada em 27 de fevereiro de 1976, após a retirada do último soldado espanhol, preenchendo o vazio deixado pela colonização.

O embaixador ressaltou que, mesmo com quase 100 países reconhecendo o Estado Saaraui e sendo membro fundador da União Africana, o povo do Saara Ocidental continua enfrentando ocupação militar e graves violações dos direitos humanos.

Direito à autodeterminação

Mulay Ali Hamadi destacou também o papel do Brasil e da comunidade internacional para pressionar Marrocos a respeitar os acordos internacionais e o direito à autodeterminação do povo saaraui. Em suas palavras, “a declaração do presidente Lula em defesa do povo palestino é também uma defesa do povo saaraui“, reforçando o paralelo entre essas duas lutas contra o colonialismo e a ocupação.

Sobre o povo do Saara Ocidental

O povo saaraui, de origem milenar, fala a língua árabe e segue a religião muçulmana. Após a invasão marroquina, grande parte da população foi forçada a viver no deserto, dividida em sete acampamentos, com estruturas organizadas de saúde, educação e segurança. A ONU apoia os acampamentos, garantindo água, energia e educação, sendo a principal entrada feita pela Argélia. A região enfrenta temperaturas extremas, chegando a 56ºC durante o dia e caindo a 10ºC à noite. A Frente POLISARIO, fundada em 1976, lidera a resistência e mantém um sistema educacional forte como parte da luta por autodeterminação.

A FITIASP reforça seu compromisso com a defesa dos direitos dos povos e a solidariedade internacional.

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