
Falta segurança no ginásio Arena em Santos foi o tema do programa ‘Reação química’, na rádio Ômega de Santos,
O ginásio poliesportivo municipal Arena Santos, no bairro Vila Mathias, é inseguro para quem nele trabalha e o público que o frequenta. O alerta é do presidente do Sindest, Fábio Pimentel.
Sindest é o sindicato dos 11 mil servidores municipais estatutários e 7 mil aposentados da prefeitura e câmara. Segundo o sindicalista, o equipamento precisa de ampla reforma.
O dirigente falou sobre o problema no programa ‘Reação química’, na rádio Ômega de Santos, na noite de terça-feira (3). “Aquilo tinha que estar fechado”.
Coronel da defesa civil
Após o programa, Fábio disse que oficiará ao secretário-chefe da casa militar e coordenador da defesa civil do estado, Henguel Ricardo Pereira, pedindo que verifique as condições do ginásio.
O coronel é pós-graduado em engenharia civil, formado em direito e poderá, segundo o sindicalista, observar os riscos que correm os frequentadores de atividades esportivas e culturais no local.
“Realmente, é um perigo”, disse o dirigente no programa radiofônico comandado pelo presidente do sindicato dos trabalhadores químicos da região, Herbert Passos Filho.
Forro caindo
O sobreaviso de Fábio decorreu de uma pergunta do dirigente químico sobre segurança do trabalho no serviço público. “Alugam aquilo com o forro caindo, água pingando do teto e elevador quebrado”.
O presidente do Sindest reclamou da falta de segurança em todos os locais de trabalho da prefeitura. “E não é só em Santos. É assim no Brasil inteiro, nos municípios e estados”.
Herbert concordou e disse que até os prédios dos ministérios, em Brasília, são inseguros. “Infelizmente, há um consenso nacional absurdo de que estado não fiscaliza estado”.
Cipa na saúde I
Ainda sobre segurança, Fábio reclamou que vem tentando há mais de um ano criar a cipa (comissão interna de prevenção de acidente) na secretaria municipal de saúde sem sucesso.
O sindicalista abordou outras questões com Herbert, com o diretor de segurança dos químicos, Marco Antônio do Valle ‘Marcão’, e o jornalista Valentim Cardoso.
Falou, por exemplo, que as negociações da campanha salarial dos servidores para a data-base de fevereiro de 2024 começarão em novembro e terminarão em dezembro.
Assembleia em 26 de outubro
Foi isso que ele ouviu, na semana passada, do secretário adjunto de gestão da prefeitura, Éder Santana. Fábio disse que a campanha de 2022 foi difícil, que a de 2023 foi melhor e que está esperançoso com a próxima.
As reivindicações serão definidas em assembleia no dia 26 de outubro e imediatamente enviadas ao prefeito Rogério Santos (PSDB) e à câmara de vereadores.
Fábio elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ter estabelecido mesa permanente de negociação com os servidores federais e grupo de trabalho para debater a convenção 151-1978 da OIT.
‘Marco regulatório’
A convenção da Organização Internacional do Trabalho, ratificada pelo Brasil no segundo governo Lula, em 2010, garante aos servidores as mesmas garantias dos empregados da iniciativa privada.
Com base nela, a CSPB (confederação dos servidores públicos do Brasil) aprovou, em recente congresso nacional, o chamado ‘marco regulatório’ das relações de trabalho no setor público.
Veja o programa ‘Reação química’:
https://www.youtube.com/watch?v=c5Go0H19aO4
Fábio agradeceu a Herbert e prometeu voltar.
Cipa na saúde II
Em entrevista posterior ao programa, o presidente do Sindest esclareceu que as negociações sobre a cipa na secretaria de saúde estão em andamento.
O sindicalista revelou que o processo eleitoral deverá começar em janeiro e que isso ainda não ocorreu por falta de recursos humanos, entre outros motivos.
“Mas os entendimentos com o secretário e sua assessoria caminham para um desfecho satisfatório nessa que é uma das áreas mais insalubres e perigosas da administração”, disse Fábio.
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