PUBLICADO EM 22 de fev de 2021
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EUA: Suprema Corte declara que Trump deve enviar registros de IR

Autoridades investigam possível fraude financeira do ex-presidente dos EUA

Num telefonema gravado, no sábado (2), Donald Trump diz ao secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, para ‘encontrar’ votos suficientes na Geórgia para tirar os votos do Colégio Eleitoral do estado do presidente eleito Joe Biden. Nesta foto de 2017, Trump fala ao telefone no Salão Oval. | Alex Brandon / AP

Nesta segunda-feira (22), a Suprema Corte dos Estados Unidos determinou que o ex-presidente, Donald Trump, envie seus registros financeiros de suas últimas declarações de imposto de renda para a promotoria de Nova York , responsável pelas investigações das transações do político. As informações foram apuradas pelo G1.

Em julho de 2020, a corte já havia declarada que o Trump não fugiria das investigações por ser presidente. E tal decisão seria uma resposta a ação movida pelos advogados do ex-presidente em 07 de novembro, para manter dados em sigilo. De acordo com o gabinete do procurador de Manhattan, Cyrus Vance, uma investigação sobre o grupo Trump Organization sobre falsificação de documentos está correndo. E que durante a campanha presidencial de 2016, Trump poderia ter pago subornos com verba eleitoral.

Michael Cohen, ex-advogado do republicano, em 2018, foi preso após reconhecer que pagou duas mulheres que alegavam ter mantido relações sexuais com o político fora de seu casamento. Antes de sua apreensão, Cohen havia revelado que Trump, junto de seus familiares, cometeram fraudes bancárias e fiscais com o passar dos anos.

De acordo com seus relatos, o ex-presidente teria “inflado seus ativos” para estar presente na lista de homens mais ricos da revista ‘Forbes’, porém ele mentiu e maquiou números para não precisar pagar por impostos imobiliários. Em seus quatro anos na Casa Branca, o republicano se recusou a abrir suas declarações de imposto de renda, atitude que era cumprida por todos os seus antecessores nos últimos anos.

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, declarou que está investigando as argumentações apresentadas para que possa definir se houve ou não a prática de fraude. Em outubro de 2020, o filho do político, Eric Trump chegou a ser ouvido nas Justiça para esclarecer tais alegações. Como essas investigações podem causar consequências econômicas, se encontradas evidências, a apuração pode resultar da descoberta de outros crimes, e com isso, um inquérito criminal não é descartado.

Se o escritório da promotoria encontrar indicações de fraude nos documentos apresentados pela Trump Organization, as leis da cidade de Nova York calculam em até um ano e meio de prisão. Falsificação de documentos é considerado como crime pequeno no estado.

Entretanto, se provado que ocorreu uma alteração nos documentos para esconder outros crimes como por exemplo, a fraude fiscal, o tempo da punição aumenta e o caso é classificado como “felony”, siginifica um crime grave na Justiça brasileira.

Fonte: iG Último Segundo

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