O Sindicato dos Motoboys de São Paulo (SindimotoSP), entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores (UGT) liderou nesta terça-feira (14) mais uma grande paralisação dos trabalhadores entregadores de aplicativo delivery.

Na pauta e reivindicação da categoria é reivindicado o aumento do valor de entrega; aumento do valor pago por quilômetro; redução da jornada; contratação de seguro de vida; equipamentos de proteção, máscaras e álcool em gel; fim dos bloqueios e desligamentos indevidos; e licença remunerada para os contaminados pela Covid19.

Ricardo Patah, presidente nacional da UGT ressaltou a importância dos trabalhadores motoboys, motofretistas e bikeboys para a cidade de São Paulo, enfatizando que no momento de pandemia, foram esses profissionais quem junto com outras categorias essenciais, estiveram na linha de frente permitindo que a população fizesse a quarentena adequadamente.

“Os motoboys são trabalhadores essenciais, assim como os padeiros, que levam o pão de cada dia para dentro dos lares brasileiras, os médicos e enfermeiros, que plenamente cuidaram e estão cuidando das pessoas infectadas pelo Covid-19, os policiais e tantas outras categorias que merecem valorização”, disse Patah.

Ricardo elogiou e agradeceu o trabalho da polícia militar que escoltou e fez a segurança da manifestação que, do início ao fim foi pacífica, contudo ressaltou o grande contingente de agentes e a “intimidação” promovida pelo poder bélico apresentado. “Agradeço a PM pelo trabalho, mas nem na época da ditadura militar tínhamos tanto policiamento numa manifestação, exibindo um vasto armamento para um grupo de trabalhadores que estão aqui pacificamente”.

O ato contou com a participação do Sindicato dos Padeiros, que distribuiu lanches para os manifestantes, Sindicato dos Comerciários e das centrais CTB e Força Sindical.

A manifestação teve concentração na sede do SindimotoSP e reuniu cerca de 3 mil pessoas, entre motoboys e bikeboys que, pacificamente e escoltados pela polícia militar, percorreram a Avenida dos bandeirantes, Marginal Pinheiros, subiram a Avenida Rebouças e desceram a Rua da consolação até a Câmara dos Vereadores, onde fizeram um ato político que contou com o apoio de parlamentares, como o vereador Adilson Amadeu.

Em seguida seguiram até a frente do Tribunal Regional do Trabalho 2ª Região, onde encerraram o ato.