PUBLICADO EM 06 de mar de 2023
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Dia da mulher: Dieese mostra que ainda falta muito para conquistar

Centrais sindicais lançamento oficialmente o Março Mulher. Foto: Força Sindical

Embora sejam maioria da população, as mulheres estão sub-representadas nos espaços de poder. Mesmo com o aumento de 33,3% de candidaturas femininas, nas eleições de 2022nas esferas federal, estadual e distrital, segundo a Agência Senado, apenas 302 mulheres, no total, conseguiram se eleger, enquanto o número de homens eleitos chegou a 1.3941. É o que informa o boletim especial para o Dia da Mulher, divulgado nesta segunda (6) pelo Dieese.

A baixa participação das mulheres na política e nos espaços de liderança inviabiliza as pautas temáticas sobre gênero, dificultando mudanças. É necessário criar condições objetivas de participação feminina em todos os espaços de atuação. Condições que considerem as exigências da vida familiar de modo que as mulheres sejam obrigadas a escolher entre carreira, política ou família.

Não é um problema que se restringe à esfera eleitoral. Ao contrário, a opressão contra a mulher está em todos os aspectos da sociedade. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher foi assassinada a cada 6 horas apenas no primeiro semestre de 2022. No total desse período, 699 mulheres foram mortas em situações de violência doméstica ou devido a questões que envolvem desdém ou discriminação à condição de mulher, crime denominado de feminicídio. E os crimes foram praticados, majoritariamente, por companheiros ou conhecidos das vítimas.

No mercado de trabalho a situação também está longe do ideal. Do total da força de trabalho no Brasil, 44,0% eram mulheres, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para o 3o trimestre de 2022. Elas, no entanto, eram também a maioria entre os desempregados (55,5%). O resultado aparece na taxa de desocupação: 11,0% para as mulheres e 6,9% para os homens, no mesmo período de análise.

Chegamos ao 8 de março de 2023 ainda com um longo caminho a conquistar para que direitos iguais, equiparação salarial, e segurança contra a violência e o assedio sejam uma realidade comum vivenciada por todas as mulheres brasileiras.

Veja aqui o boletim do Dieese

Veja também o infográfico Mulheres Inserção no Mercado de Trabalho

 

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