A pandemia agravou um problema que atinge milhões de mulheres carentes brasileiras: a pobreza menstrual. Meninas e mulheres de periferia, de situação de rua e vulnerabilidade social sofrem por não ter acesso a um absorvente e acabam utilizando jornal, papel higiênico, retalhos de pano, meias, miolo de pão e outros recursos, que podem colocar em risco sua saúde.
Essa realidade levou a CUT Campinas a apioar o Coletivo Mulheres Pela Justiça na campanha nacional #MeninaAjudaMenina, promovida por uma marca de absorventes. “É um movimento de conscientização sobre o problema e para incentivar a doação às mulheres que não têm acesso a este produto básico de higiene. Por meio de uma parceria com o grupo P&G (Always), distribuímos 100 mil absorventes às mulheres carentes de Campinas e região”, explica Thaís Cremasco, a co-fundadora do coletivo.
De acordo com levantamento nacional, coordenado pela antropóloga Mirian Goldemberg, uma em cada quatro jovens já faltou à aula por não poder comprar o absorvente. “Esse número deve ser maior, principalmente nas escolas localizadas em regiões de vulnerabilidade. O problema é que muitas mulheres ainda sentem vergonha de admitir. Ainda há um tabu muito forte sobre algo tão natural como a menstruação”, afirma Thaís.
Com o apoio do Coletivo de Mulheres, Subsede da CUT Campinas, SINDAE, Sindipetro, Intersindical dos Químicos e outros, foram distribuídos durante todo o dia de hoje, 100 mil absorventes a 12 comunidades carentes em Campinas, Valinhos e Piracicaba.
O Coletivo Mulheres pela Justiça é um grupo multiprofissional que através do judiciário e outras frentes oferece atendimento para mulheres que sofrem violência doméstica e de gênero. Para saber mais sobre o Coletivo você pode acessar @mulheres_justica e http://www.mulherespelajustica.com.br/ ou encaminhar e-mail para mulherespelajustica.campinas@gmail.com
Fonte: CUT-SP