A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) encerrou nesta sexta-feira (10), o seu 4° Conselho Nacional, em Belém-PA. O evento abordou temas como a participação política das mulheres, o novo ciclo desenvolvimentista e o balanço e atualidade do movimento sindical brasileiro, organização sindical e valorização da negociação coletiva.
Participação política e novo ciclo desenvolvimentista
Durante os painéis sobre a participação política das mulheres e o novo ciclo desenvolvimentista, líderes sindicais e representantes destacaram a importância de debater temas desafiadores, mas fundamentais para a sobrevivência e evolução do movimento sindical.
O debate sobre a participação feminina ganhou destaque, refletindo o compromisso em alcançar a paridade de gênero nas instâncias de direção, conforme discutido durante o evento. Entre os delegados e delegadas, 104, sendo 36% mulheres e 184 sendo 63%, homens.
Balanço e atualidade do movimento sindical brasileiro
O balanço e atualidade do movimento sindical brasileiro foram analisados com profundidade, com intervenções de delegados e delegadas sobre o documento do 4º Conselho. Sérgio de Miranda, secretário de Finanças da CTB, ressaltou a importância de manter a sustentação e o equilíbrio financeiro da central sindical como temas permanentes de discussão e aprimoramento. Os números apresentados durante o evento reforçaram a necessidade de consolidar a CTB como uma força representativa no país.
Organização sindical e valorização da negociação coletiva
A questão da organização sindical e a valorização da negociação coletiva foram debatidas como pilares fundamentais para o fortalecimento do movimento sindical. A resolução de finanças, destacada por Sérgio de Miranda, secretário de Finanças da CTB, revelou-se crucial para a efetiva participação política das entidades filiadas desde a fundação em 2007.
Perspectivas futuras
O presidente da CTB nacional, Adilson Araújo, destacou a importância da jornada vivida. Adilson ressaltou o desafio superado ao posicionar a CTB como a segunda central mais representativa do país em um curto espaço de tempo. O evento foi descrito como uma peregrinação.
“Encerramos essa etapa importante da vida política da nova central sindical. Porque assim, foi uma peregrinação. A gente reuniu a nossa direção nacional. A gente sabia das dificuldades, mas eu penso que foi importante ambicionar essa possibilidade, que se materializou com esse encontro, que é um encontro importante, vitaminado de muita energia. O Cléber preparou, uma bonita festa. Saio daqui, convencido que nós vamos ter muito motivo para celebrar cada dia essa conquista, porque não é tarefa fácil em um curto espaço de tempo alcançar a condição de ser a segunda central mais representativa do país”, disse.
O presidente da CTB Pará, Cléber Rezende, expressou sua gratidão pela confiança depositada pela direção nacional ao sediar o Conselho em Belém. Ele enfatizou a importância do evento, que não apenas reuniu lideranças sindicais de todo o Brasil, mas também proporcionou um grande ato político com a presença da vice-governadora do Pará, Hana Ghassan Tuma e do prefeito de Belém, Edmilson Brito Rodrigues, além de outras lideranças políticas e sociais.
Representatividade do 4° Conselho
O Secretário geral da CTB, Ronaldo Leite, concluiu destacando a representatividade do 4º Conselho, que atualizou o plano de ação da CTB para o próximo período. “O 4° Conselho da CTB foi um evento extremamente representativo. Reuniu 322 participantes de todos os cantos do Brasil durante os três dias na cidade de Belém. Além de representativo, o Conselho foi palco de intensos debates que atualizaram o plano de ação da CTB para o próximo período. Dentre os debates, a importância de ampliar a participação das mulheres nas instâncias de direção, rumo à paridade de gênero no 6° Congresso Nacional. A CTB do Pará foi impecável na organização do evento”, disse o Secretário Geral da CTB, Ronaldo Leite.
Confira alguns documentos que foram aprovados
Um Plano de Ação, que aponta a necessidade de preparar a participação nas eleições municipais de 2024, que terão papel decisivo na definição da correlação de forças políticas no país, propõe a realização de uma campanha nacional pela redução da jornada de trabalho e a intensificação da luta pela reforma agrária, entre outros pontos.
Uma resolução política que aborda o cenário político internacional e nacional, destacando a crise geopolítica, o conflito no leste europeu e o genocídio em curso na Faixa de Gaza e, no plano interno, as ações do governo Lula para reconstruir o país, reindustrializar a economia e afirmar uma agenda democrática e progressista, os obstáculos ao novo projeto e a necessidade de conscientizar e mobilizar a classe trabalhadora para a luta em defesa do povo brasileiro.
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