O movimento sindical brasileiro tem propostas para o Brasil reencontrar o caminho do crescimento econômico, com valorização da indústria nacional, geração de empregos de qualidade, trabalho decente, distribuição de renda, paz, diálogo, democracia e inclusão social.
O Compromisso pelo Desenvolvimento (adotado pelas Centrais Sindicais em parceria com setores produtivos), a Renovação da Frota de Veículos (com reflexos positivos na ampla cadeia do setor automotivo) e a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora são importantes exemplos.
Se estas medidas forem colocadas em prática, o Brasil pode criar milhões de empregos e ter uma maior solidez no enfrentamento da atual crise econômica e social em nosso País.
Reafirmamos nossa posição contrária às políticas neoliberais, em andamento no País, de ataques à soberania nacional e aos direitos trabalhistas, sociais e previdenciários da classe trabalhadora, de exclusão social e de “entrega” de nossas riquezas energéticas e naturais.
Continuamos com a luta iniciada na gestão do presidente da república Michel Temer pela revogação da terceirização e da lei da “reforma” trabalhista que, já em vigor há um ano no Brasil, além de não ter gerado os empregos de qualidade prometidos, só serviu para precarizar e trazer insegurança jurídica às relações de trabalho.
Há setores interessados em acabar com a aposentadoria pública do povo brasileiro, dificultando o acesso às aposentadorias e aos direitos que asseguram uma vida mais digna às mulheres, aos trabalhadores rurais, às pessoas com deficiência, aos pensionistas e à classe trabalhadora em geral, incluindo os servidores.
O presidente Temer tentou, mas não conseguiu. Agora estamos mobilizados nas ações organizadas pelas Centrais Sindicais para barrar a “reforma” da Previdência na gestão do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Nossa luta é por uma Previdência Social pública, universal, com um Piso que não seja inferior ao salário mínimo, que acabe com os privilégios de alguns grupos e amplie a proteção social e os direitos.
Exigimos o fim do engessamento dos investimentos públicos nas áreas sociais, saúde e educação.
Repudiamos todas as ações e mensagens que fomentam o ódio, as injustiças, as desigualdades, os preconceitos e a violência.
Defendemos a democracia, a liberdade de expressão e de manifestação política.
Defendemos o direito mundial de os trabalhadores terem mais direitos, mais conquistas, mais benefícios, melhores condições de vida e trabalho e melhores salários.
Por isto, também exigimos respeito, reconhecimento e o fim da perseguição aos movimentos sociais, aos ativismos, aos militantes e aos líderes sindicais e políticos do Brasil e do mundo todo.
Salve a luta mundial da classe trabalhadora!
Miguel Torres é presidente da Força Sindical, presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes