A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE registra que o desemprego atingiu 13,8% (13,13 milhões de pessoas) no trimestre maio, junho e julho deste ano.
Este número é ainda maior e mais trágico se somarmos os milhões de desalentados, que sequer procuram emprego (ainda mais diante das dificuldades ampliadas pela Covid-19), os subocupados e os que estão na informalidade sem direitos.
Por isto, é fundamental garantirmos mais 2 parcelas do seguro-desemprego e a volta do auxílio emergencial de R$ 600 reais mensais até no mínimo dezembro ou até quando durar a crise do coronavírus.
Vale a pena divulgar e assinar o abaixo-assinado, criado pelas centrais sindicais, e exigir que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, abra os debates e coloque em votação a medida provisória 1.000, do governo, que reduziu o auxílio para apenas 300 reais.
Precisamos também fazer com que o Congresso Nacional derrube o veto do governo Bolsonaro à desoneração da folha de pagamento das empresas, pois, se o veto permanecer, o País perderá outros 1,5 milhões de postos de trabalho, piorando ainda mais a crise e colocando mais famílias em risco social.
A desoneração da folha, vale lembrar, é uma reivindicação justa, inclusive para a Previdência Social, e portanto é de interesse igual entre a classe trabalhadora, o movimento sindical e os empresários que não querem demitir, defendem a retomada do desenvolvimento econômico e precisam ter um alívio tributário como incentivo para contratar.
Neste sentido, defendemos também que nos debates da futura reforma tributária haja um consenso em nome da justiça tributária, que alivie o imposto de renda para os salários (com a devida correção da tabela do imposto de renda), desafogue a carga tributária para os setores produtivos e garanta a taxação das fortunas, riquezas e lucros enviados para o exterior, por uma distribuição de renda que acabe definitivamente com as desigualdades, a pobreza e a miséria no Brasil.
Outra reforma que devemos atentar é para a administrativa, pois não podemos deixar que o governo federal mantenha os privilégios dos “tubarões”, destrua os serviços públicos de interesse da população e continue perseguindo com atos, palavras e fakenews os servidores que prestam um atendimento de qualidade e merecem, na verdade, muito mais valorização, reconhecimento e respeito.
Francisco Sales Gabriel Fernandes, o Chico do Sindicato