Neste 12 de junho, Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, todas e todos nós que pertencemos ao movimento sindical devemos levantar a bandeira pela completa erradicação do trabalho infantil. Porque todo mundo sabe que crianças e adolescentes são seres em desenvolvimento e precisam de atenção, de cuidados e de brincar e estudar para terem um futuro com dignidade.
Mas com a situação caótica do país, a exploração pelo trabalho infantil se acentua. O que deixa evidente a necessidade de mudarmos os rumos da nossa economia com valorização do trabalho decente e de salários dignos.
Somente assim, as famílias reúnem condições de cuidar melhor de suas filhas e filhos e as crianças e adolescentes podem ser crianças e adolescentes com toda as suas peculiaridades e necessidades. Como no livro O Menino Maluquinho, de Ziraldo, toda criança precisa ter condições de explorar as suas fantasias e sonhos.
Igualmente os adolescentes necessitam sonhar e usar todo o potencial criativo para crescerem saudáveis e dessa forma termos condições de mudar a situação de ódio e violência que vivenciamos atualmente.
A nossa luta é para derrotarmos o medo e o ódio e construirmos um mundo de paz, onde todas as pessoas, mas principalmente as crianças e os adolescentes possam viver e sonhar em paz, em segurança, sem medo de ousar e criar.
O abuso do trabalho infantil acontece de diversas formas. Desde o trabalho doméstico, onde as famílias põem, principalmente as meninas para trabalhar num contexto exaustivo e perigoso, até o abuso sexual através da prostituição e de trabalhos ilícitos como o tráfico de drogas e também do pedir esmolas e vender balas em semáforos de trânsito.
Portanto, vamos todas e todos arregaçar as mangas e pôr as mãos na massa para erradicar o trabalho infantil de uma vez por todas de nossa sociedade. Principalmente nós trabalhadoras e trabalhadores do campo, porque, grande parte do abuso do trabalho infantil está no meio rural ainda. O futuro agradece.
Thaisa Daiane Silva é secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) e secretária de Jovens e Políticas Sociais da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Mato Grosso do Sul (Fetagri-MS).