Ao usar hoje o Facebook, o Twitter, o celular ou tablet para enviar mensagens, ou conversar com pessoas, abrir as páginas de entidades para ver suas mensagens ou mesmo ler os jornais no computador, deu-me nostalgia de outros tempos.
Tempo em que para saber noticias ou informações você tinha que ler o jornal, ouvir o rádio, escrever e receber cartas. Telefone, a classe operária não tinha acesso.
Nossos sindicatos para se comunicar contavam apenas com seus jornais, os panfletos, e com a comunicação oral de seus militantes no dia a dia do local de trabalho.
Mas eu sei que as novas tecnologias estão aí. Elas são expressão cada vez mais forte dos novos tempos. E isso não é ruim. Ao contrário. As novas ferramentas de comunicação são mais acessíveis e populares e, acredito que, se bem utilizadas, podem favorecer os trabalhadores, o movimento sindical. Basta que o sindicato invista nessa área, com a contratação de pessoas e equipamentos e formação de seus dirigentes.
Deixar seus associados ou sua base apenas a mercê das informações dos rádios, televisões e jornais pode ser uma cilada para o movimento sindical. Isso porque o noticiário é editado…e “bem editado”: uma manifestação na rua por melhores salários, por exemplo, torna-se apenas uma notícia sobre o trânsito congestionado.
Um dado positivo é o aumento de utilização dos computadores e dos telefones com internet em nosso país. Esse aumento com certeza também atinge a classe trabalhadora.
Espero que essa ideia avance nas mentes de nossos sindicalistas. Da mesma forma que outrora usávamos o fax, dependíamos mais do telefone fixo, hoje, com certeza, eles poderão fazer dos computadores, telefones celulares, novos instrumentos de sua atividade de militância e contato com os associados e sua base.
Por isso afirmo que é preciso passar por cima da nostalgia e valorizar as ferramentas que estão aí. Buscar aprender a usá-las e também incentivar nossos companheiros e companheiras a utilizarem também da militância virtual. Deixar esse espaço só para o lado contra nós é perder de goleada.
Boa panfletagem virtual!
Joao Carlos Gonçalves, Juruna, Secretário Geral da Força Sindical