“As mais de 200 mil mortes pela covid-19 no Brasil não são só números. São pessoas, nomes e sonhos, vidas perdidas por uma maldita e persistente pandemia, são tragédias que deixam outras milhares de pessoas (familiares, amigos e colegas) profundamente tristes, marcadas para sempre. Não entender isto é inadmissível, é desumano!
Estas mais de 200 mil mortes poderiam sim ter sido evitadas se o irresponsável, arrogante e negacionista presidente da República tivesse ouvido, por exemplo, um de seus ex-ministros da Saúde, que desde o início da pandemia havia alertado sobre os caminhos que o governo deveria optar para evitar a tragédia que estamos vivendo.
Mas Bolsonaro é Bolsonaro. Um sujeito que só pensa em sua reeleição, que agora usa a antes boicotada vacinação somente para “vencer” adversários políticos e que, em atos e palavras, confirma diariamente sua incompetência para presidir o País, enfrentar crises e superá-las, e sua total falta de sensibilidade com a vida, a saúde e o futuro da grande maioria da população brasileira.
O Brasil não está em guerra, graças a Deus, com nenhum outro país. Bolsonaro, porém, acaba de sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias liberando os gastos com projetos militares: como a compra de cargueiros e tanques blindados, que são coisas voltadas para a morte e para a guerra.
E, pasmem, vale lembrar, bloqueou investimentos sociais, inclusive na área de saúde, destinados à compra de vacinas contra o coronavírus e, portanto, voltados à vida e à paz!
Quem ainda tem coragem de defender um governo como este?
Façamos a nossa parte. O Sindicato dos Padeiros de São Paulo, dentro do contexto do unificado movimento sindical brasileiro, une-se aos demais segmentos da sociedade e também exige:
• Vacinação urgente, eficaz e gratuita para todos contra a covid-19 (não importa a origem das vacinas).
• Continuidade das medidas de prevenção (distanciamento social, uso de máscaras, higienização e álcool gel).
• Auxílio-emergencial de R$ 600 mensais até o fim da pandemia.
• Programas de proteção ao emprego, à renda e às atividades econômicas e de incentivo às empresas e à geração de novos postos de trabalho.
• Ações de solidariedade às populações mais vulneráveis, desempregadas, desalentadas, excluídas, em risco social, passando sede e fome”.
Chiquinho Pereira é Presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e da Febrapan e Secretário de Organização, Formação e Políticas Sindicais da UGT-Nacional.
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