Hoje eu fiquei em “pânico” na rua. Era verde e amarelo para todo lado. Nas pessoas e nos carros. Quando olhei para cima não teve jeito, as sacadas dos apartamentos também estavam fantasiadas. Um horror. E olha que eu gosto de futebol, mas não esse futebol. 😝

Senti o peso dos fascistas que, surtados, insistem em usar o verde e o amarelo, bloquear rodovias, impedir a locomoção de pessoas doentes e em tratamento até hospitais e que chegam a pedir ajuda dos extraterrestres, conforme matérias divulgadas em vários jornais do Brasil.

Isso mesmo, eles acreditam que o contato com os extraterrestres poderá ajudar a dar o golpe final em nossa democracia já provada e comprovada pelos votos da última eleição.

Diante de tantos disparates da Fifa, do Catar, eu também tinha resolvido não ficar envolvida com uma seleção de futebol que tem atletas que apoiaram e usaram sua influência a favor de um candidato fascista para presidente do meu País.

No entanto, os dois gols de Richarlison, um atleta antenado com os problemas sociais que atravessamos, me fizeram chorar. O segundo gol foi uma pintura, uma obra de arte que pouco se vê no futebol, assim como sua coragem e iniciativas em prol das pautas mais urgentes. Ele mesmo afirma que parte do seu salário é destinado para ações sociais. Um atleta que cuida da vida.

Foto: Twitter @FIFAWorldCup

Susana Buzeli, jornalista