Com míseros 3% de aprovação, o ilegítimo Michel Temer ainda insiste em aprovar a “reforma da Previdência” – na verdade, o fim da aposentadoria dos trabalhadores brasileiros. O covil golpista atua descaradamente na compra de deputados, liberando milhões em emendas parlamentares, e investe fortunas em publicidade na mídia chapa-branca, espalhando mentiras sobre o tema.
Rodrigo Maia, o jagunço dos patrões que preside a Câmara Federal, voltou a fazer as pazes com o usurpador – sabe-se lá a que preço – e promete colocar a matéria em votação ainda em dezembro. Diante deste risco, todas as centrais sindicais se reuniram nesta sexta-feira (24) e aprovaram a convocação de uma greve nacional para o próximo dia 5.
Na avaliação das entidades de classe, as mudanças efetuadas na proposta original da reforma previdenciária são cosméticas e visam iludir a sociedade. Como não dá para esperar mais nada da “assembleia dos bandidos” – como um jornalista português se referiu ao atual parlamento brasileiro –, o esforço nos próximos dias será para mobilizar as bases e promover contundentes protestos.
“O importante é lembrar que a Previdência mexe com a vida de todos, independentemente das categorias”, alerta Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT. “Vamos reforçar a mobilização no setor de transportes”, informa João Carlos Gonçalves, o Juruna, dirigente da Força Sindical.
“Precisamos dar uma resposta contundente contra essa emenda cosmética que Temer apresentou e que sepulta a Previdência. Sem pudor, o governo ilude, através de uma campanha publicitária sórdida e que mente descaradamente para o nosso povo”, argumenta Adilson Araújo, presidente da CTB.
Na nota conjunta divulgada pela CUT, FS, CTB, UGT, NCST, CSB, Intersindical, CGTB e Conlutas há o mesmo espírito unitário que garantiu o êxito da greve geral realizada em abril passado. “As centrais sindicais convocam todas as entidades sindicais e movimentos sociais a realizarem ampla mobilização nas bases – assembleias, atos, debates e outras atividades – como processo de organização de uma greve nacional, no dia 5 de dezembro, contra as propostas de reforma da Previdência Social, que acaba com o direito à aposentadoria dos trabalhadores brasileiros. As centrais sindicais exigem que o Congresso Nacional não mexa nos direitos dos trabalhadores”, afirma a nota.
Altamiro Borges é jornalista, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e membro do conselho editorial do Rádio Peão Brasil