PUBLICADO EM 09 de fev de 2019
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Flamengo, o luto e a bola

O orçamento anual do Flamengo é de R$750 milhões. Uns trocados desse montante seriam o bastante para dar dignidade e segurança à sua divisão de base e evitar a morte desses adolescentes que deixaram suas famílias para, sob a responsabilidade do clube, buscar um sonho, uma esperança de superar a dura realidade.

Mas, infelizmente suas vidas não eram prioridade para o Flamengo que insistiu em mantê-los em contêineres sem licença dos bombeiros, mesmo após receber 30 multas (irrisórias) e o espaço ser determinado como lacrado pela (omissa) Prefeitura.

Pois o clube agora deveria ter boa parte de seu orçamento revertido em multas, indenizações e projetos sociais de incentivo ao esporte pelos próximos anos. Mais do que isso, para que se cumpra de fato o luto e para que a responsabilização seja percebida como deve ser, a equipe deveria ser afastado por um ano de todas as competições esportivas, em especial do futebol profissional, assumindo o rebaixamento para a segunda divisão. Não dá para a bola seguir rolando como se nada tivesse acontecido. Nada mais justo e também educativo para outros clubes.

Fosse com uma equipe pequena, punições exemplares já teriam sido tomadas. Mas a CBF tomará providências como excluir de campeonatos a equipe de maior torcida do Brasil? Ou como de costume o valor maior, acima do bem, do mal, e da vida é o lucro que uma empresa pode gerar?

Fernando Guimarães é coordenador do PSDB Esquerda Pra Valer

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