Operários, Tarsila do Amaral, 1933

Neste 7 de setembro de 2022 comemoramos o Bicentenário da Independência do Brasil, ou seja, há 200 anos deixamos de ser uma colônia de Portugal. Essa foi a ideia, apesar de as palavras colonização e independência terem vários significados e metáforas no percurso do povo brasileiro.

Com uma cultura criativa, antropofágica, de vocação ampla, o Brasil conseguiu estabelecer de forma positiva a sua autenticidade como nação. Somos um povo miscigenado e destinado à paz e alegria na diversificação de um coletivo nacional.

Acredito que o povo brasileiro sempre irá encontrar o seu caminho de respeito e diálogo. Precisamos ouvir a nossa população mais carente e criar mecanismos de participação direta e ativa na vida do Brasil. Esse bicentenário deve ser comemorado por todos os brasileiros. Esse bicentenário não pertence a nenhum grupo político.

Dentro desse espírito, traçamos uma cronologia de nomes e obras artísticas e culturais que melhor definem o povo, o trabalhador brasileiro. Um grupo (consultores, pesquisadores e jornalistas) foi reunido e de forma voluntária construiu uma linha do tempo: independência, abolição, modernistas, lutas e organizações políticas e sindicais, resistência à ditadura e redemocratização.

São nomes – personalidades na vida de nossa nação, e são artes e cultura – teatro, cinema, televisão, fotografia, arquitetura, quadrinhos, música, dança, artes plásticas, artes gráficas, grafite, charges, literatura e moda de 1822 até 2022. Eu tive um imenso prazer em participar desse projeto ao lado dos jornalistas André Cintra, Carolina Maria Ruy, Marcos Ruy e Val Gomes.

Atravessamos uma pesquisa de 200 anos em poucos meses. Viva o povo brasileiro!

Susana Buzeli é jornalista