PUBLICADO EM 27 de jul de 2024
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CNTM: Igualdade de gênero é pressuposto para o trabalho decente

Saiba mais sobre o debate: mulher, direitos e sindicalismo na 2ª Conferência Nacional Metal Mulheres. as potências negras e a busca pela igualdade de gênero e conheça o documento aprovado no evento.

Igualdade de gênero: Mônica Veloso, vice presidente da CNTM, ao microfone.

Igualdade de gênero: Mônica Veloso, vice presidente da CNTM, ao microfone.

A crescente participação das mulheres no mercado de trabalho no Brasil e no mundo é um avanço significativo. Apesar dos progressos, o Brasil ainda enfrenta uma alarmante disparidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, evidenciada por diferenças salariais e uma maior taxa de desemprego entre as mulheres, especialmente as mais pobres.

A dificuldade em ingressar e permanecer no mercado de trabalho é acentuada pelas responsabilidades domésticas e de cuidado. Por isso é crucial questionar as condições sob as quais essas mulheres estão trabalhando.

Para que as atividades profissionais das trabalhadoras brasileiras sejam reconhecidas como Trabalho Decente, é necessário refletir sobre as mudanças estruturais que garantam condições justas e igualitárias.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a observância dos princípios da Declaração dos Direitos e Princípios Fundamentais do Trabalho, como a liberdade de associação, o fim do trabalho forçado e a eliminação da discriminação, são essenciais para alcançar esse objetivo.

Enfrentando desafios

A Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Metalúrgicas da Força Sindical está comprometida em enfrentar esses desafios, buscando a igualdade de gênero através de ações concretas, como a aplicação da Lei 14.611/2023, a prevenção do assédio e a promoção da qualificação profissional.

A entidade reconhece que a luta por Trabalho Decente exige uma mudança de mentalidade e a cooperação de todos os setores da sociedade, com o movimento sindical desempenhando um papel fundamental na promoção da igualdade e do respeito para todos os trabalhadores e trabalhadoras.

Para debaterem o tema “Mulher, Direitos e Sindicalismo”, centenas de trabalhadoras e dirigentes metalúrgicas de todo o País participaram neste sábado (27) da 2ª Conferência Nacional Metal Mulheres da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Metalúrgicos/as).

O evento aconteceu na sede da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade, São Paulo, das 8h às 16h.

O presidente da CNTM e da Força Sindical, Miguel Torres, participou do evento. Em vídeo gravado pela Confederação, ele lembrou que esta foi a segunda Conferência da Mulher da CNTM. A primeira ocorreu em 2009. Após quinze anos a entidade retoma com força esta ação.

De acordo com Miguel:

“em um mundo de transformações constantes, o direito da mulher cada vez mais vem sendo atacado”.

Ele lembra que já foi conquistada a igualdade salarial, mas que também precisamos lutar por igualdade de oportunidades.

VEJA O VÍDEO:

Miguel Torres, presidente da CNTM e da Força Sindical, presente no evento por igualdade de gênero.

Miguel Torres, presidente da CNTM e da Força Sindical, presente no evento por igualdade de gênero.

Temas

A Mulher Negra Latino-Americana – Misoginia e Discriminação Racial (impactos no trabalho e na vida da trabalhadora), Potências Negras e Igualdade salarial entre mulheres e homens (impactos e resistências).

Palestrantes

  • Rosângela Hilário
  • Alcielle dos Santos
  • Priscila Moreto e
  • Ester Branco

Após as palestras e debates foi aprovado o documento “Mulher, Direitos e Sindicalismo”.

O evento contou também com apresentação musical de Vini Lourenço e a banda Filhos do Soul.

Confira aqui a íntegra do documento aprovado: Mulher, Direito e Sindicalismo

Veja fotos do evento no site da CNTM

Leia também: Metalúrgicos de Osasco: o livro e dois fatos de relevância nacional

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