PUBLICADO EM 30 de mar de 2020
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CNI e centrais sindicais defendem diálogo coletivo na defesa da saúde e da economia

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as seis principais Centrais Sindicais brasileiras resolveram neste domingo (29), em teleconferência, estabelecer um compromisso coletivo na defesa da saúde e da economia.

E sentido horário: Miguel Torres, presidente da Força Sindical, Sergio Nobre, presidente da CUT, Ricardo Patah, presidente da UGT e Robson Andrade, presidente da CNI

Pelo acordo, a primeira providência de todos é cuidar do pico do coronavírus e suas consequências. O passo seguinte e fundamental é organizar a retomada das atividades, com rapidez e partindo dos setores mais fortalecidos.

Para que haja sincronia entre os dois movimentos é necessário que seja disponibilizado mais dinheiro público, que este chegue com rapidez aos setores socorridos e que seja estabelecida uma coordenação nacional.

O documento que formaliza esse acordo será enviado entre terça-feira e quarta-feira ao presidente da República, Jair Bolsonaro, ao presidente do STF, Dias Toffoli, a Rodrigo Maia (Câmara), a Antonio Anastasia (Senado) e aos governadores, como convite para que todos participem das atividades propostas.

É a primeira vez que a entidade patronal da indústria e os trabalhadores de todos os segmentos se reúnem para superar o grave problema gerado pelo coronavírus.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre disse que a pauta da reunião foi a preservação da vida, dos empregos dos trabalhadores e do sistema produtivo brasileiro que são, de acordo com os participantes da reunião, condições fundamentais para superar essa crise. “Foi consenso que é fundamental superarmos este momento mantendo os empregos”, disse o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre.

Segundo Sérgio Nobre,  o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, vai orientar todos os seus entes e empresas filiadas a não tomar nenhuma decisão em relação a emprego, sem antes negociar com os sindicatos de trabalhadores.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, explica que a Central está orientando os sindicatos filiados a colocarem suas estruturas à disposição das autoridades de saúde, nos estados e municípios e que façam coletas de alimentos e materiais de higiene.

“O sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi, do qual sou presidente colocou diversos carros de som pelas ruas da capital para dizer à população que deve cumprir a determinação das autoridades de saúde e ficar em suas casas”, diz o sindicalista que além disso propôs que toda solução da crise nos locais de trabalho, passe também pelas negociações coletivas.

Além de Robson Andrade, Miguel Torres e Sérgio Nobre, participaram da vídeo conferência: Sergio Nobre, presidente da CUT, Ricardo Patah, presidente da UGT, Adilson Araujo, presidente da CTB, Antonio Neto, presidente da CSB e José Reginaldo representou a Nova Central.

com informações da CNI

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