PUBLICADO EM 07 de abr de 2022
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Centrais sindicais aprovam pauta por mais empregos, renda e direitos

Nove centrais (Força Sindical, CUT, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Pública e Intersindical Instrumento de Luta) apresentam e aprovaram a Pauta da Classe Trabalhadora, uma pauta unificada para os candidatos e para embasar ações nos próximos meses

Foi um momento histórico a Conclat 2022 realizada de forma unitária pelas centrais sindicais (Força Sindical, CUT, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, Pública e Intersindical/instrumento de luta), no dia 7 de abril, no formato presencial em São Paulo e assistida online por milhares de pessoas e pelas redes sociais das entidades sindicais. Durante o ato, três representante do Fórum de Mulheres das Centrais Sindicais discusaram. São Elas: Juneia Batista, Maria Edna Ferreira e Celina Alves.

A Pauta da Classe Trabalhadora CONCLAT 2022, documento resultado do debate entre as centrais, destaca a geração de emprego de qualidade, o crescimento dos salários, a promoção da proteção trabalhista, previdenciária e social para todos e para todas as formas de ocupação laboral e a valorização dos sindicatos e da negociação coletiva como elementos estratégicos do projeto nacional de desenvolvimento.

Adilson Araújo, presidente da CTB, abriu o Encontro e, além de falar sobre a situação difícil da classe trabalhadora, disse que a Conclat sinaliza o caminho para o resgate de um novo projeto nacional de desenvolvimento fundado na valorização do trabalho, na democracia e na soberania, bem como na defesa da saúde e da vida.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, disse que a nossa pauta defende o desenvolvimento sustentável, com geração de emprego de qualidade, atenção às micros, pequenas e médias empresas, e desenvolvimento local e regional (com conteúdo nacional).

“Precisamos de uma indústria pujante que difunda inovação para toda estrutura produtiva, de uma economia que gere empregos de qualidade e promova o crescimento dos salários, com um sistema sindical com ampla base de representação de toda a classe trabalhadora, incluindo os informais, os autônomos e as(os) trabalhadoras(es) domésticas(os), de autonomia para promover a organização sindical com sustentação deliberada nas Assembleias e da valorização da negociação coletiva”, disse Miguel Torres.

O líder sindical também reforçou a tarefa do movimento sindical de eleger representantes comprometidos com os interesses da classe trabalhadora. Ele também colocou em votação e foi aprovada uma moção de apoio aos Servidores do Banco Central em greve por reajuste salarial, pela valorização da categoria e pelo fortalecimento do Banco Central. Miguel também falou dos problemas de demissões Avibras e Toyota. “A luta por empregos é de todos”.

Em seu discurso, o presidente da UGT, Ricardo Patah, disse que o maior objetivo da Conclat é “tirar o presidente Bolsonaro”. Ele conclamou a plateia a pedir em conjunto um “Fora Bolsonaro”.

Já o presidente da CUT, Sérgio Nobre, falou em combater o fascismo e ressaltou a importância da unidade das centrais sindicais. Para ele a Pauta da Classe Trabalhadora CONCLAT 2022 é um “instrumento de luta”. O presidente da CUT, Sérgio Nobre, ressaltou a importância do Brasil voltar a ter um crescimento econômico sustentável e lembrou da grave crise que o país atravessa. “A nossa missão é levar esta pauta aprovada hoje para os locais de trabalho”, discursou.

O presidente da CSB, Antonio Neto, fez duras críticas ao governo federal e cobrou mudanças. “Precisamos mudar urgente os rumos da economia e acabar com este governo corrupto”. Para o presidente da UGT, Ricardo Patah, o documento tem objetivos claros: orientar e organizar os trabalhadores e apresentar nossas propostas para os candidatos à eleições deste ano.

Eduardo Maia, secretário-nacional, representando o presidente da NCST, professor Oswaldo Augusto de Barros, apresentou as propostas da classe trabalhadora relacionadas à educação. “A NCST tem como presidente professor Oswaldo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura – CNTEEC, uma das maiores confederações do Brasil, por isso a importância da nossa defesa desse item da pauta. Gostaria de acrescentar a isso, a justiça fiscal e o empreendedorismo, incentivo à micro, pequenas e médias empresas, pois sabemos que para alcançar tais objetivos precisamos de um Estado forte garantidor de políticas públicas de educação básica até a universidade, garantindo acesso às minorias e valorização dos profissionais de educação”, disse Maia.

Vale destacar que todos os representantes sindicais ressaltaram a importância da unidade das centrais como forma de fortalecer a luta por mais direitos. “Temos que resistir, lutar e vencer”, concluiu Juneia Batista.

Terceira Conclat

Trata-se da terceira Conferência da Classe Trabalhadora. Conforme esclarece o documento apresentado pelas Centrais “na CONCLAT realizada na Praia Grande, São Paulo, em agosto de 1981, o movimento sindical ampliou sua participação no processo político de redemocratização. Na CONCLAT realizada no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, em 1º de junho de 2010, as centrais sindicais lançaram a Agenda da Classe Trabalhadora, apresentando propostas aos candidatos e candidatas que se nas eleições naquele ano”.

Conclat 2010 no Pacaembu

1º Conclat em 1981. Foto: Jesus Carlos

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  • Rita de Cassia Vianna Gava

    Boas energias para haver entendimento respeito e diálogo entre as Centrais

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