Na sexta (15), a Agência Sindical conversou com vários dirigentes, que relataram como estão os preparativos em suas bases. Sérgio Nobre, metalúrgico do ABC e secretário-geral da CUT, informou que os dirigentes da categoria realizaram assembleias nas fábricas da região durante toda a semana. “Na manhã de segunda, haverá reunião no Sindicato, pra definir as ações. Pode ser que haja alguma manifestação na Via Anchieta, antes do ato na Sé”, diz.
Rodrigo Carlos de Morais, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, filiado à Força Sindical, avalia que a mobilização na base está forte. “Nós estamos fazendo assembleias nas fábricas, a fim de orientar e esclarecer os trabalhadores sobre as maldades da reforma. Ela afeta quem está para aposentar e também os mais jovens, que sofrerão no futuro”, afirma.
Ele destaca que a expectativa da entidade é mobilizar cerca de 1.600 trabalhadores das metalúrgicas paulistanas até a Praça da Sé.
Para o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Idosos (Sindnapi), Marcos Bulgarelli, a participação dos inativos também é importante. “Nós pretendemos levar cerca de 300 aposentados ao ato. Estamos convocando todos por meio de telefone e redes sociais. Até agora não se sabe o que vem por aí. Mas, com certeza, seremos afetados com a reforma”, diz.
Servidores – O presidente do Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp), Luiz Carlos Ghilardi, ressalta que os servidores municipais, em greve contra a reforma previdenciária da prefeitura vai reforçar o ato.
“Apoiamos esse movimento contra a reforma da Previdência, que o governo Bolsonaro quer implantar. Ela poderá atingir nossa categoria, principalmente no quesito aposentadoria especial”, explica o dirigente.
O presidente Nova Central em São Paulo, Luiz Gonçalves (Luizinho), informa que o ato terá presença da categoria rodoviária. “Estamos fazendo um trabalho de mobilização na base, para levar pelo menos 500 trabalhadores na manifestação”, conta.
Nota – A Força Sindical divulgou nota na sexta, reafirmando sua posição “contrária a qualquer proposta de reforma que fragilize, desmonte ou reduza o papel da Previdência Social Pública”.
Além de apresentar propostas de melhoria da gestão e da arrecadação do sistema, o texto destaca que “quaisquer mudanças na Previdência devam ser amplamente discutidas com a sociedade e com os representantes dos trabalhadores de forma democrática e transparente”.
Fonte: Agência Sindical