PUBLICADO EM 22 de mar de 2023
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Centrais repudiam decisão do COPOM: juros continuam extorsivos

Centrais Sindicais protestam contra juros altos em frente ao prédio do Banco Central, na Avenida Paulista. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Força Sindical criticou a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que mais uma vez optou em manter a Taxa Selic em 13,75% a.a.. De acordo com o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, quem assina a nota, lamenta que “Banco Central frustra os trabalhadores (as), e se curva aos  especuladores”.

O sindicalista ressalta que a manutenção da taxa em 13,75% a.a é um verdadeiro prêmio aos especuladores e uma extorsão para os brasileiros e o setor produtivo. “Vamos continuar com mobilização e pressão para uma drástica queda nas taxas de juros.”

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) repudiou a manutenção da taxa de juros em 13,75% ao ano.  Em nota a CUT afirma que “decisão revela uma completa submissão do Copom aos interesses dos rentistas e um evidente boicote do presidente do BC ao esforço de todos e todas que trabalham pela retomada do crescimento da economia.”

Leia a seguir a íntegra das notas:

NOTA da Força Sindical:

Juros continuam extorsivos

Mais uma vez o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central frustra os trabalhadores (as), e se curva aos  especuladores. Tragicamente, também em nosso país estamos reféns dos poderosíssimos interesses dos rentistas.

A manutenção da taxa em 13,75% a.a é um verdadeiro prêmio aos especuladores e uma “extorsão para os brasileiros e o setor produtivo”. Vamos continuar com mobilização e pressão para uma drástica queda nas taxas de juros.

A Taxa Selic está exageradamente elevada no Brasil. Os juros continuam proibitivos, e o Brasil perde outra chance de apostar na produção, consumo e geração de empregos.

 A redução dos juros é importante para  o desenvolvimento e o crescimento do Brasil. É preciso melhoria na infraestrutura econômica e social do país, na educação e na saúde pública.

Vale destacar que juros altos sangram o País e inviabilizam o desenvolvimento. O pagamento de juros, por parte governo, consome e restringe consideravelmente as possibilidades de crescimento do País, bem como os investimentos em educação, saúde e infraestrutura, entre outros.

Essa nefasta política, infelizmente, resulta em queda da atividade econômica, deteriora o mercado de trabalho e a renda, aumenta o desemprego, diminui a capacidade de consumo das famílias e compromete em muito o crescimento econômico.

Miguel Torres – presidente da Força Sindical

Nota da CUT

CUT repudia manutenção da taxa de juros em 13,75% ao ano

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) considera inaceitável a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano. A decisão revela uma completa submissão deste Comitê aos interesses dos rentistas e um evidente boicote do presidente do Banco Central ao esforço de todos e todas que trabalham pela retomada das atividades e do crescimento econômico, gerando emprego e distribuição de renda.

A decisão também revela o quanto é ruim para o país um Banco Central, que se declara autônomo, mas se encontra nas mãos de rentistas, especialmente quando têm compromissos com forças políticas contrárias ao povo e ao governo federal. A ausência de sintonia do BC com o esforço de retomada do crescimento econômico do governo democrático e popular prejudica o país e seu povo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou por diversas vezes a imperiosa necessidade de reduzir taxa básica de juros; uma das mais altas do mundo, que tem atrapalhado os investimentos produtivos e a retomada do crescimento. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem realçado a importância de uma atuação coordenada do Bacen com o governo Lula, considerando outros fatores relevantes para um desenvolvimento econômico equilibrado, com emprego, crescimento, geração de oportunidades de trabalho, além da inflação.

Entretanto, esse esforço por parte do governo federal de nada adiantou. Lamentavelmente, o Copom, do Banco Central, desconheceu os apelos e virou as costas para as necessidades do Brasil, do setor produtivo, dos consumidores, da indústria e do comércio. Revelando seu compromisso com a banca de rentistas, manteve a Selic em 13,75%. Reafirmou, desta forma, sua intenção de boicotar as iniciativas do governo democrático e popular.

A redução da taxa básica de juros reduziria as despesas do governo com juros da dívida, o que lhe possibilitaria investir na retomada e na realização de novas obras, gerando emprego, melhoria na logística e melhor qualidade de vida. Ao reduzir o custo do dinheiro, melhoraria a oferta de crédito a juros menores, o que reduziria o endividamento das famílias e propiciaria uma retomada mais forte do consumo e, em decorrência, do crescimento e dos empregos.

A Central Única dos Trabalhadores, comprometida com a classe trabalhadora e o povo brasileiro, protesta veementemente contra a decisão do Banco Central do Brasil de manter a inaceitável taxa básica de juros nas alturas. Uma decisão inaceitável e irresponsável que favorece rentistas e agiotas e prejudica aqueles que vivem de seus próprios salários, a classe trabalhadora, os comerciantes, os prestadores de serviços e os governos das três esferas.

Pela imediata redução da taxa básica de juros!

Pela libertação do Banco Central do controle de banqueiros e especuladores!

Executiva Nacional da CUT

UGT teme demissões

Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), expressou preocupação com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa de juros elevada. Ele afirma que essa decisão pode levar a demissões, especialmente para os trabalhadores do comércio e serviços, e que isso é muito ruim para o Brasil. Patah destaca a relação direta entre a taxa de juros e o emprego, indicando que enquanto os juros estiverem altos, a situação para os trabalhadores pode se tornar mais difícil.

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