Por Fábio Casseb – As centrais sindicais e as confederações de trabalhadores metalúrgicos emitiram nota mostrando preocupação com os empregos do setor. E decidiram que os trabalhadores vão organizar atos em diversos locais, afim de proteger os empregos ameaçados com a decisão do presidente americano Donald Trump, ao anunciar nesta quinta-feira (01) que vai impor sobretaxa de 25% nas importações de aço e de 10% nas de alumínio, alegando necessidade de proteger a indústria americana por razão de segurança nacional,
Em nota, as lideranças sindicais mostram-se muito preocupadas, pois “se a taxação for confirmada, as exportações brasileiras de aço e alumínio serão afetadas, com diminuição da produção e, consequentemente, dos empregos no Brasil.”
A intenção dos protestos, segundo os sindicalistas, “é preservar milhares de empregos que serão perdidos na cadeia produtiva do setor e a cota de exportação.” e finalizam o texto ressaltando a importância do governo brasileiro buscar negociar com o governo americano, acionar a OMC (Organização Mundial do Comércio) para diminuir os impactos da adoção da tarifa imposta pelos Estados Unidos. (veja íntegra da nota no final da matéria)
A medida, considerada unilateral, foi anunciada em encontro com representantes da siderurgia americana na Casa Branca. A aplicação das sobretaxas eleva as tensões no comércio global e poderá levar países exportadores a criar uma coalizão para reagir em conjunto. Parece claro que os exportadores, que têm se reunido para debater a situação, não ficarão de braços cruzados. Ontem o governo brasileiro ameaçou retaliar.
Trump teria escolhido a primeira das três recomendações feitas pelo secretário Wilbur Ross para proteger a siderurgia americana, a tarifa de 25% em importações de aço originárias de todos os países.
As duas outras opções eram taxação de 53% sobre o aço importado de 12 países, incluindo Canadá, Brasil e China, ou imposição de cota (volume limitado para entrar no mercado americano). A tarifa de 25% sobre as importações de aço aos EUA, portanto, é a opção menos ruim para o Brasil.
Diante da imprevisibilidade de Trump, ninguém se arrisca a dizer se a sobretaxa de 25% escolhida afetará todos os produtos de aço e todos os países importadores, ou será haverá exceções. O detalhamento da medida ainda não saiu.
Confira a íntegra da nota oficial das centrais sindicais:
São Paulo, 02 de Março de 2018
Centrais preparam atos contra taxação de aço imposta pelos Estados Unidos
Diante do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assinará a adoção de tarifas à importação de aço e alumínio para proteger os produtores americanos, as centrais sindicais, preocupadas com os empregos, preparam atos e manifestações em diversos locais.
O anúncio da medida causa enorme preocupação de que, se a taxação for confirmada, as exportações brasileiras de aço e alumínio serão afetadas, com diminuição da produção e, consequentemente, dos empregos no Brasil. A intenção é preservar milhares de empregos que serão perdidos na cadeia produtiva do setor e a cota de exportação.
É importante também o governo brasileiro buscar negociação com governo americano, acionar a OMC (Organização Mundial do Comércio) visando diminuir os impactos da adoção da tarifa imposta pelos Estados Unidos.
Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força)
Presidente da Força SindicalVagner Feitas
Presidente da CUTRicardo Patah
Presidente da UGTAdilson Araújo
Presidente da CTBJosé Calixto
Presidente da NCSTAntonio Neto
Presidente da CSBMiguel Torres
presidente da CNTM/Força SindicalPaulo Cayres
presidente da CNM/CUT