PUBLICADO EM 03 de nov de 2020
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Centrais sindicais fazem ato pela desoneração da folha e em defesa do auxílio de R$ 600

Durante o ato, realizado na avenida Paulista, os sindicalistas cobraram do Congresso a derrubada do veto à prorrogação da desoneração da folha de pagamento e defederam o auxilio de R$ 600

por Fábio Casseb

A Força Sindical e demais centrais realizaram, na manhã desta terça-feira (3), manifestação pela desoneração da folha de pagamento que ajudará a manter o emprego de cerca de 1,5 milhão de trabalhadores e em defesa do Auxílio Emergencial de R$ 600, até pelo menos dezembro.

O ato foi realizado na Avenida Paulista, 2163, em frente o Banco do Brasil (gabinete regional da presidência da República), em São Paulo.

O ato teve início às 11 horas. Reuniu cerca de 500 pessoas, em sua maioria sindicalistas e trabalhadores e trabalhadoras da base. “Superou as nossas expectativas”, avaliou o secretário geral da CTB, Wagner Gomes, que ressaltou a “boa representatividade” e a presença de veículos da grande mídia, o que não é muito comum em manifestações do gênero.

“Restaurar o valor original do auxílio emergencial e prorrogar a desoneração da folha são duas coisas fundamentais para amenizar o sofrimento do povo e impedir o agravamento da crise econômica e o crescimento do desemprego”, defendeu Gomes.

“Estamos com 14 milhões de desempregos, 20 milhões de desalentado imagina acrescentando mais famílias a esta triste estatística”, disse Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.

“Todos vocês com certeza já devem ter percebido que quando vão aos supermercados ou padarias, existem famílias ali acampadas para pegar um arroz e um feijão, isso acontece porque eles já não conseguem colocar esse alimento nas suas mesas”. afirmou o sindicalista.

A exigência dos sindicalistas e que o Congresso derrube o veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 categorias do setor de serviços.

Atualmente, a medida beneficia segmentos como call Center, calçados, confecções e vestuários, construção civil, infraestrutura, tecnologia da informação, comunicação, transporte rodoviário de cargas e de passageiros, máquinas e equipamentos e fabricação de veículos. O incentivo está previsto para terminar em 31 de dezembro de 2020

O movimento sindical pede também que seja votada a medida provisória que trata a prorrogação do auxílio emergencial com valor de R$ 600 reais e não os R$ 300 em vigor atualmente.

João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical ressalta que a desoneração da folha de pagamento com garantia de empregos é imprescindível para a preservação de milhares de empregos formais diretos. “Esperamos que o Congresso tenha sensibilidade e derrube o veto presidencial e assim ajudar a economia do País voltar a crescer”, diz Juruna.

Em defesa do auxilio emergencial no valor de R$ 600, Juruna alerta que é preciso manter o valor este valor até pelo menos dezembro, tendo em vista que esse dinheiro foi o que garantiu o sustento de mais de 4 milhões de família em agosto deste ano. “As famílias estão enfrentando a fome e a dificuldade do desemprego neste momento. A manutenção do valor mensal de R$ 600 é importantíssimo também para a economia, porque isso gira o mercado e a indústria do nosso País.”

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