Na ocasião, os sindicalistas entregaram um manifesto a Haddad. No documento, os sindicalistas afirmam que o programa de governo de Fernando Haddad está em sintonia com os interesses da Nação e do nosso povo.
“Haddad está comprometido com a valorização das estatais, das empresas e bancos públicos, redução dos juros, isenção do imposto de renda para trabalhadores e trabalhadoras que ganham até cinco salários mínimos e de impostos para os mais pobres, manutenção da Previdência Social como política pública e a valorização das aposentadorias. O fim das privatizações e a valorização de todo setor energético, com a consequente redução das tarifas de combustíveis, luz e gás, também são compromissos já firmados”, dizem os sindicalistas.
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Haddad assume compromisso com trabalhadores e o resgate dos direitos
Miguel Torres, presidente interino da Força Sindical, relatou que na segunda-feira a direção nacional da Central aprovou em reunião em qual lado iria se posicionar. “Decidimos que seria o lado do progresso, da democracia, do desenvolvimento e do futuro do País. Estamos de corpo e alma na campanha de Fernando Haddad (candidato a presidente) e Manuela d’Ávila (candidata a vice-presidente)”, afirmou.
“Não queremos ficar em cima do muro: de um lado está o desenvolvimento e do outro lado, o atraso. O movimento sindical tem sofrido ataques diários de uma política reacionária do atual governo. O que se projeta é piorar esse quadro. Já fala que tem que escolher entre trabalho e direitos, férias e 13º.Temos obrigação de abrir os olhos dos trabalhadores, o que vai acontecer com o outro lado. Temos obrigação de colocar o País num rumo de crescimento”, ressaltou Miguel Torres. Ele também citou os nomes dos representantes da Força que estavam presentes no evento.
João Carlos Gonçalves Juruna, secretário-geral da Força, destacou que além do manifesto as centrais também entregariam a Haddad a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, documento que foi entregue aos candidatos a presidente. O que foi feito em seguida pelos sindicalistas.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, criticou os ataques à Manuela e à sua filha, a crise do sistema capitalista internacional e disse que chegar ao segundo turno da eleição presidencial é motivo de celebração, pois é possível ganhar.
“Vivemos um quadro de restauração do sistema neoliberal, de golpes no país que levaram ao desastre econômico e social”, disse ele, que concluiu: “foram 12 anos bombardeando os governos do PT, chegar até aqui [segundo urno] é para celebrar. Somos vencedores. Temos condições de ganhar para defender a democracia, a soberania nacional e o estado democrático de direito”.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, fez um apelo aos trabalhadores e trabalhadoras para que “votem em Fernando Haddad, no número 13, porque nesta eleição há dois lados, o lado do trabalhador e o lado dos patrões e do golpista e ilegítimo Michel Temer”.
Nesta eleição, disse Vagner, será definido o futuro do país e o tipo de sociedade em que os brasileiros querem viver. “Está em jogo não apenas a liberdade sindical, mas a democracia e os direitos individuais”, disse o presidente da CUT, que criticou as declarações e posicionamentos do candidato Jair Bolsonaro (PSL), que defende a ditadura, o armamento da população e a violência.
O presidente da Intersindical complementou dizendo que, nesta eleição, o que está em jogo é o futuro do povo brasileiro, a soberania nacional, a civilização. “Somos contra a barbárie, a miséria e violência. Neste momento, todos os setores democráticos devem estar com a candidatura de Haddad. É a candidatura de quem tem compromisso com o Brasil”, disse Índio.
Luiz Gonçalves, o Luizinho, presidente estadual da Nova Central Sindical em São Paulo, alertou que “Bolsonaro já anunciou um ministério de guerra e há perigo até de fechamento do congresso”.
O documento, assinado pelos presidentes das centrais, também lista pontos do plano de governo Haddad que são convergentes com a agenda da classe trabalhadora criada pelo movimento sindical, entre os quais, propõe a revogação da reforma trabalhista de Temer e da Emenda Constitucional 95, que congelou os investimentos públicos por 20 anos. Defende o aumento dos investimentos públicos; o combate ao desemprego; o fortalecimento da agricultura familiar; a valorização do salário mínimo; a democratização dos meios de comunicação; uma política externa soberana, com ênfase no Brics e na integração latino-americana”.
Haddad lembrou que sempre negociou acordos para beneficiar os trabalhadores quando foi ministro da Educação e prefeito de São Paulo. Ele ressaltou que “estamos há dois anos vivendo retrocesso na legislação trabalhista e congelamento de gastos. O povo pede mais saúde, educação e segurança”. E alfinetando seu oponente disse: “ Não vai ser cortando direitos que vai reativar a economia. A economia cresce é com salários. Quero tornar o povo parte da solução e não parte do problema. Tornar o povo parte da solução e não parte do problema. Não é arma que vai resolver. Precisa é carteira de trabalho numa mão e um livro na outra”.
Com informações da Força Sindical e CUT