No Seminário “Pelo Futuro do Trabalho: Os desafios para a indústria e a qualificação profissional no Brasil”, especialistas nacionais e internacionais, assim como representantes de empresários e de trabalhadores, debaterão os desafios que surgem com o que se considera a 4ª revolução industrial. O evento, que ocorre, no próximo dia 24, no Museu do Amanhã, é uma parceria da CNI com as seis maiores centrais sindicais do Brasil: CUT, Força Sindical, UGT, CSB, NCST e CTB.
“A indústria está dialogando com representantes dos trabalhadores para a construção de uma agenda comum pelo desenvolvimento do país, para a geração do emprego e para o futuro da indústria e do trabalho. É normal termos divergências, mas estamos do mesmo lado para construir um Brasil melhor. Vamos procurar trabalhar juntos naquilo em que convergimos”, explicou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Como destaca o gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, não há dúvida de que o país se insere, aos poucos, na indústria 4.0, mas é necessário acelerar o passo e ganhar escala nas inovações para não ficar para trás e perder o lugar na nova ordem mundial.
“Embora seja um fenômeno recente no mundo inteiro, existe um senso de urgência na corrida para a 4ª revolução industrial. E o Brasil deve aproveitar seu potencial”, afirmou Gonçalves.
“O Brasil tem muito a fazer, mas os principais atores estão trabalhando juntos para este avanço acontecer”, disse Gonçalves, lembrando que a CNI faz parte da Câmara Brasileira da Indústria 4.0, um fórum de discussão entre o setor privado, o governo e outros atores da sociedade. O fórum fez uma análise do cenário brasileiro e estruturou um plano para fazer o uso das tecnologias digitais decolar.
Ele acredita que, se as medidas previstas forem colocadas em prática, o país vai conseguir manter sua competitividade no novo cenário digital. Em sua avaliação, o caminho rumo à indústria 4.0 vem sendo percorrido de forma gradual no Brasil.
“A implementação de tecnologias está crescendo, mas de uma forma experimental. A empresa implementa um projeto pequeno, vê que há ganho de produtividade, e aí parte para outro e vai fazendo isso de forma sequencial. Muitos empresários aproveitam máquinas já existentes e incorporam tecnologias e inteligência a suas estruturas. Isso tem sido bom porque mostra que o receio das empresas de que entrar na nova era seria algo caríssimo, não se confirma, contou, acrescentando que as startups são um tipo de ator-chave nesse processo, atuando como fornecedores de soluções para a indústria.
“Nós precisamos de instrumentos de apoio financeiro para que as empresas consigam fazer esses movimentos na velocidade e na escala necessárias, que é o que está sendo feito em outros lugares no mundo, com a ajuda dos bancos de fomento”, ressaltou João Emílio Gonçalves.
O gerente-executivo de Política Industrial da CNI é um dos participantes do Seminário “Pelo Futuro do Trabalho”, onde vai falar sobre a Política Industrial e o Futuro do Brasil, no painel “As transformações no sistema produtivo e o futuro do trabalho”. O evento acontece das 8h às 12h30, é gratuito e as inscrições podem ser feitas aqui .
Fonte: Revista Época