PUBLICADO EM 03 de ago de 2022
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“Aumentar juros é remédio desnecessário e errado”, critica Força Sindical

Estamos vendo trabalhador que ganha até três salários mínimos perder um terço pra inflação”, afirma

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, mais uma vez, anunciou, nesta quarta-feira (3), após a sua 248ª reunião novo aumento da taxa básica de juros, o décimo segundo aumento seguido.

Com a decisão, a Selic foi elevada em meio ponto percentual, passando dos atuais 13,25%, para 13,75% ao ano, a maior taxa em mais de cinco anos, desde janeiro de 2017. Vale lembrar que até março do ano passado, a taxa básica estava em 2% ao ano.

Diante do anúncio do Copom, a Força Sindical repudiou em nota a medida, considerando que a decisão causará efeitos colaterais indesejados, irreversíveis, graves e nefastos, como o comprometimento da produção, o arrefecimento da intenção de consumo, resultando em drástica queda no comércio e indústria. “Um remédio desnecessário e errado”, diz a nota, assinada pelo presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Torres diz ainda no texto que infelizmente, o Banco Central perdeu uma ótima oportunidade de estimular a criação de empregos, a produção e o consumo. “A crise é dolorosa para os trabalhadores, que, além de sofrerem com o aumento do desemprego, amargam altas taxas de juros e a redução criminosa dos seus diretos e de sua proteção social”, lamenta o sindicalista.

Ele diz ainda que o País precisa investir no fomento da produção, na geração de empregos e na distribuição de renda para retomar o caminho do seu crescimento econômico. “Incentivamos a implementação de políticas que priorizem a retomada do investimento, o crescimento da economia, a geração de empregos, a correção tabela do Imposto de Renda, o combate à pobreza, salário decentes e a distribuição de renda.”

Confira a seguir a nota:

NOTA
Aumento dos juros: remédio errado e desnecessário

O aumento da taxa de juros anunciado pelo Copom (Comitê de Política Monetária) é um remédio desnecessário, errado, com efeitos colaterais indesejados, irreversíveis, graves e nefastos, como o comprometimento da produção, o arrefecimento da intenção de consumo, resultando em drástica queda no comércio e indústria. O juros subiram 0,50% a.a. e chegaram ao absurdo de 13,75%.

Infelizmente, o Banco Central perdeu uma ótima oportunidade de estimular a criação de empregos, a produção e o consumo. A decisão de aumentar, novamente, a taxa fortalece os obstáculos ao desenvolvimento do País com distribuição de renda.

A crise é dolorosa para os trabalhadores, que, além de sofrerem com o aumento do desemprego, amargam altas taxas de juros e a redução criminosa dos seus diretos e de sua proteção social.

O País precisa investir no fomento da produção, na geração de empregos e na distribuição de renda para retomar o caminho do seu crescimento econômico.

Incentivamos a implementação de políticas que priorizem a retomada do investimento, o crescimento da economia, a geração de empregos, a correção tabela do Imposto de Renda, o combate à pobreza, salário decentes e a distribuição de renda.

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

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