PUBLICADO EM 25 de mar de 2022
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Após um mês de acidente fatal, fiscalização do trabalho acontece na Cinpal

Aconteceu na terça-feira, 22, a fiscalização na Cinpal, em Taboão da Serra, para investigar as causas do acidente de trabalho que provocou a morte do companheiro Ailton Aparecido Duarte de Andrade, de 48 anos. A vistoria aconteceu exatamente um mês depois do acidente. Os diretores do Sindicato Marcel Simões e Wellington Assunção acompanharam o auditor fiscal.

A fiscalização no local do acidente foi realizada por dois auditores do Ministério do Trabalho, um deles se deslocou de Bauru para realizar o procedimento, e um representante do Ministério Público do Trabalho. Vários questionamentos sobre o acidente foram feitos à empresa, que deve responde-los num prazo de oito dias, a contar da data da fiscalização.

Em assembleias, realizadas na quinta-feira, 24, os diretores do Sindicato informaram os trabalhadores da Cinpal sobre o andamento da fiscalização. “A perda do Ailton ainda é sentida por todos. Mas além de saber o que de fato provocou o acidente, precisamos destas informações para que medidas necessárias sejam tomadas para evitar novos acidentes”, explica o diretor Marcel Simões.

Desmonte da fiscalização

A demora na fiscalização não é um caso isolado na região e tem afetado todo o Brasil. É o que denuncia um documento organizado pelo Sindicato e entregue à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, à Força Sindical Nacional e de São Paulo.

Entre outros pontos, no documento o Sindicato destaca: “só no Estado de São Paulo, o déficit é de aproximadamente 85%. Segundo informações passadas ao Sindicato em 04/03/2022 por representantes da SRTE/SP (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo), atualmente, o Estado conta com 177 auditores responsáveis pela fiscalização do trabalho, em condições de receber OS (Ordem de Serviço), mas o ideal seria 1.141.”

Relembre o caso

O acidente que provocou a morte de Ailton aconteceu em 22 de fevereiro na Cinpal Filial (Fábrica 2), por volta das 23h30, num setor automatizado.

A notícia da morte do companheiro comoveu os trabalhadores que manifestaram pesar, inclusive, nas mídias sociais. Entre as mensagens do Facebook, por exemplo, uma delas destaca a triste realidade de quem perde a vida no trabalho: “mais um trabalhador e pai de família que perde a vida em busca de sustento para sua família… Triste estatística”, contínua: “Que essa tragédia possa ser investigada com justiça e dignidade…”.

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