Após aviso de greve, metalúrgicos da Prolind conquistam PLR maior

Foto: Roosevelt Cássio

Depois de entrarem em estado de greve, os trabalhadores da Prolind, na zona leste de São José dos Campos, conquistaram Participação nos Lucros e Resultados (PLR) até 28% maior que a de 2022. O valor foi aprovado em quatro assembleias, via votação por cédulas, nesta quarta-feira (3).

A PLR na fábrica terá valor mínimo de R$ 5.300, podendo chegar a R$ 5.837, caso os trabalhadores batam as metas. A primeira parcela será paga agora em maio. O restante será depositado no dia 15 de fevereiro de 2024. No ano passado, a PLR na Prolind foi de R$ 4.547.

O direito também será pago a menores aprendizes e estagiários. Além disso, este ano, os trabalhadores temporários também foram contemplados, com valor proporcional ao tempo de serviço. Em anos anteriores, apenas os temporários que fossem efetivados eram incluídos na PLR.

O acordo de agora também prevê estabilidade no emprego durante 30 dias, para todos da fábrica, a partir da assinatura do documento.

Mobilização

Para conquistar uma PLR superior, os metalúrgicos da Prolind tiveram de pressionar os patrões. Foram três rodadas de negociação entre a empresa e o Sindicato.

Na primeira delas, a comissão de PLR e os dirigentes sindicais rejeitaram a proposta rebaixada ainda na mesa. Na segunda rodada, os metalúrgicos disseram não ao oferecido pela fábrica e deram o aviso de greve, após assembleias.

Depois da mobilização, houve avanços na proposta da Prolind, em reunião realizada na terça (2).

“A Prolind só chegou a esse valor após o estado de greve e a mobilização de todos da fábrica. Foi um grande avanço. A PLR maior é fruto da luta dos trabalhadores”, afirma o diretor do Sindicato Cristiano Souza.

A Prolind tem cerca de 230 trabalhadores e produz materiais de alumínio.

Como ficou o acordo: