
O presidente em exercício, Alckmin conversou com sindicalistas sobre precarização do trabalho de entregadores.
Na manhã desta segunda-feira (12), a diretoria do SindimotoSP se reuniu com o presidente em exercício da República, Geraldo Alckmin, e seus assessores, para tratar de temas urgentes e relevantes para a categoria dos motofretistas, mototaxistas e entregadores por aplicativos.
Entre os principais assuntos abordados esteve a crescente precarização das condições de trabalho imposta pelas empresas de aplicativos, que têm se recusado a reconhecer os direitos trabalhistas dos entregadores, além de reduzir os valores mínimos de remuneração, ampliar as jornadas de trabalho e oferecer promoções com bônus ou prêmios que, segundo o sindicato, são ilegais e mascaram formas de exploração.
Também foi destacado o fato de essas empresas não assumirem qualquer responsabilidade pelos trabalhadores cadastrados em suas plataformas.
“Mar de lama”
O presidente do SindimotoSP, Gil, alertou sobre a gravidade da situação e solicitou o apoio de Alckmin na interlocução com o governo federal para enfrentar esse cenário de abuso.
“A categoria está sendo jogada num verdadeiro mar de lama pelas práticas dessas empresas, e precisamos de uma resposta urgente”, afirmou Gil.
Linha de financiamento
Outro ponto importante debatido durante o encontro foi a criação de uma linha de financiamento específica para a categoria, com o objetivo de facilitar a compra de motocicletas novas e modernas. A proposta, já em discussão no governo federal, prevê a concessão de crédito com juros abaixo do mercado para motoboys, mototaxistas e entregadores, com o intuito de melhorar as condições de trabalho e segurança desses profissionais.
O financiamento também poderá ser utilizado para a aquisição de equipamentos de proteção, como capacetes e jaquetas, além da regularização documental dos veículos utilizados no trabalho.
O presidente em exercício Alckmin assegurou que tanto a questão da precarização quanto a proposta de crédito especial já estão sendo debatidas dentro do governo, e que novas informações sobre essas pautas serão divulgadas em breve.
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