PUBLICADO EM 11 de abr de 2023
COMPARTILHAR COM:

A alta da gasolina impulsionou a inflação em março, que atingiu 0,71%

O IPCA de março registrado pelo IBGE foi de 0,71%, acumulando uma inflação de 2,09% no ano e 4,65% nos últimos 12 meses. O grupo de Transportes foi o que mais contribuiu para a alta do índice, com destaque para a gasolina, que teve um impacto individual de 0,39 p.p. e uma alta de 8,33%. O retorno da cobrança de impostos federais no início do mês foi um dos fatores que influenciaram nos resultados da gasolina e do etanol.

De acordo com os dados divulgados hoje (11) pelo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma variação de 0,71% em março, sendo que no acumulado do ano a inflação foi de 2,09% e nos últimos 12 meses de 4,65%, abaixo dos 5,60% do período anterior. Em março de 2022, a variação foi de 1,62%.

O grupo que mais contribuiu para a alta do índice em março foi Transportes, com uma variação de 2,11% e impacto de 0,43 p.p. Na sequência, destacaram-se Saúde e cuidados pessoais (0,82%) e Habitação (0,57%), que apresentaram uma desaceleração em relação a fevereiro, contribuindo com 0,11 p.p. e 0,09 p.p., respectivamente. O único grupo a apresentar queda foi Artigos de residência (-0,27%), que havia apresentado alta de 0,11% em fevereiro. Os demais grupos variaram entre 0,05% de Alimentação e bebidas e 0,50% de Comunicação.

A gasolina teve o maior impacto individual no índice de março (0,39 p.p.), com uma alta de 8,33%, seguida pelo etanol (3,20%). “Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido pela Medida Provisória 1157/2023. Havia, portanto, a previsão do retorno da cobrança de PIS/COFINS sobre esses combustíveis a partir de 1º de março”, explicou o analista da pesquisa, André Almeida.

Em março, houve uma queda nos preços do gás veicular (-2,61%) e do óleo diesel (-3,71%), enquanto os preços das passagens aéreas caíram 5,32%. Produtos de saúde e cuidados pessoais foram impactados por um aumento de 1,20% nos preços dos planos de saúde, enquanto os produtos de higiene pessoal apresentaram uma variação menos intensa de 0,72%. O setor de habitação teve um aumento de 0,57% nos preços, com a maior contribuição (0,09 p.p.) vindo da energia elétrica residencial (2,23%). Os preços de alimentos e bebidas diminuíram 0,14%, com as batatas-inglesas (-12,80%) e o óleo de soja (-4,01%) mostrando as reduções mais significativas. Itens de residência (-0,27%) foram o único grupo a apresentar uma variação negativa, com televisores, sistemas de som e computadores sendo os principais fatores responsáveis. Finalmente, todas as regiões mostraram um aumento nos preços, com Porto Alegre apresentando a maior variação devido aos aumentos nos preços da gasolina e da energia elétrica residencial.

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS