PUBLICADO EM 06 de dez de 2022
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Croácia bate Japão nos pênaltis, vai às quartas e pode pegar o Brasil

Livakovic brilha com 3 defesas e país segue em busca de título inédito

A Croácia está nas quartas de final da Copa do Mundo. Nesta segunda-feira (5), os atuais vice-campeões derrotaram o Japão por 3 a 1, nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal, no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah, pelas oitavas de final.

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O goleiro Dominik Livakovic, que defendeu três cobranças japonesas, foi o herói da classificação. O Mundial do Catar ainda não havia tido prorrogação ou disputa de pênaltis. Os jogos de sábado (3) e domingo (4) pelas oitavas de final foram definidos durante os 90 minutos.

Presentes em seis Mundiais desde 1998, na França, os croatas estão pela terceira vez no mata-mata. Nas duas ocasiões anteriores, na estreia e na edição de quatro anos atrás, na Rússia, o país do leste europeu foi, no mínimo, às semifinais. Em 2018, aliás, a seleção axadrezada passou por três prorrogações e também precisou dos pênaltis para vencer a Dinamarca nas oitavas e os anfitriões russos nas quartas.

Os japoneses, por sua vez, mantiveram a sina de não irem além das oitavas e repetiram as campanhas dos Mundiais de 2002 (disputado em casa e na Coreia do Sul), 2010 (África do Sul) e 2018. Ter vencido Espanha e Alemanha na primeira fase da Copa do Catar, ambos por 2 a 1, acabou não sendo suficiente aos Samurais Azuis.

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Nas quartas de final, a Croácia pode ter o Brasil como adversário, se a seleção de Tite vencer a Coreia do Sul ainda nesta segunda, às 16h (horário de Brasília), no Estádio 974, em Doha. O duelo por vaga nas semifinais será na sexta-feira (9), às 12h, no Estádio Cidade da Educação, também na capital catari.

Após dois jogos repetindo o time, Zlatko Dalic mandou a campo uma Croácia com duas modificações. Em uma delas, necessária, o lateral-esquerdo Borna Barisic substituiu Borna Sosa, resfriado. A outra foi no comando de ataque, onde o técnico ainda procura um nome confiável desde Mario Mandzukic, aposentado desde o ano passado e que deixou a seleção após a Copa de 2018. Bruno Petkovic, de 1,93 metro, acabou escolhido para a vaga de Marko Livaja (1,82 metro), titular contra Canadá (goleada por 4 a 1) e Bélgica (empate sem gols).

No Japão, Hajime Moriyasu já teria de fazer pelo menos uma troca em relação à equipe que venceu a Espanha, já que o zagueiro Kou Itakura estava suspenso pelo terceiro amarelo – Takehiro Tomiyasu foi titular. O treinador dos Samurais Azuis, porém, manteve o “padrão” da fase de grupos e alternou peças no meio e no ataque, com Wataru Endo e Ritsu Doan (autor de gols contra espanhóis e alemães) nos lugares, respectivamente, de Ao Tanaka e Takefusa Kubo.

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A estratégia croata, de ter a bola e girá-la atrás de espaços, não funcionou no primeiro tempo. A seleção europeia teve o atleta mais acionado dos 45 minutos iniciais (o volante Marcelo Brozovic, com 53 passes), o principal articulador (o meia Luka Modric, com 24 tentativas de quebrar a linha de marcação) e o que mais fez cruzamentos (o atacante Ivan Perisic, seis vezes, quase sempre buscando o grandalhão Petkovic na área). Mesmo assim, foi para o intervalo sem chances reais de gol.

Não que o Japão empilhasse oportunidades, mas os contra-ataques apostando, principalmente, na velocidade de Daizen Maeda, assustaram mais. Aos 40 minutos, o atacante recebeu, na área pela esquerda, um passe de calcanhar do volante Hidemasa Morita e rolou para Doan, que achou Daichi Kamada, quase na pequena área. O camisa 15, porém, finalizou por cima.

Dois minutos depois, em nova jogada trabalhada, agora a partir de um escanteio pela direita, os Samurais conseguiram transformar a melhor atuação em vantagem no placar. Após cruzamento de Doan, de perna esquerda, o zagueiro Maya Yoshida resvalou na bola e Maeda, na pequena área, mandou para as redes.

A Croácia voltou do intervalo com a mesma estratégia de posse de bola e busca de espaços, tentando aumentar a presença numérica no ataque. Coube a um zagueiro conseguir a assistência para, enfim, os europeus chegarem ao gol. Aos nove minutos, Dejan Lovren apareceu na intermediária direita e cruzou na cabeça de Perisic, que surgiu na área para cabecear no cantinho esquerdo do goleiro Shuichi Gonda.

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Ao longo da segunda etapa, com dificuldades para entrarem um na área do outro e tomando decisões erradas quando lá chegavam, as equipes só conseguiram assustar em tentativas de longe. Aos 11 minutos, o Japão obrigou Livakovic a salvar, de mão trocada, uma paulada de Endo. Seis minutos depois, foi a vez de Modric arriscar da intermediária e de Gonda se esticar para defender. Aos 31, após erro na troca de passes japonesa, Perisic avançou pelo meio e chutou perto da meia-lua, mas à esquerda da meta.

Truncado, o duelo foi para o tempo extra e pouco mudou nos 30 minutos que se seguiram. No contra-ataque, o Japão teve a melhor chance do primeiro tempo da prorrogação, aos 14 minutos, com Kaoru Mitoma. O camisa 9 disparou em velocidade desde a defesa e chutou da meia-lua, em cima de Livakovic. No último lance do prolongamento, o também meia Lovro Majer ameaçou da entrada da área, na oportunidade mais cristalina dos croatas, mas a batida foi ao lado.

Nos pênaltis, Livakovic brilhou. O goleiro defendeu as cobranças – mal batidas, é verdade – dos meias Takumi Minamino e Mitoma e do capitão Yoshida. A Croácia desperdiçou um chute, com Livaja, que arrematou na trave direita, mas os gols dos meias Nikola Vlasic, Brozovic e Mario Pasalic, este último decisivo, deram a vitória aos axadrezados, por 3 a 1.

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Fonte: EBC

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